sexta-feira, 1 de maio de 2015

Uma história do 1º de Maio de 1974



Há uma história que me contaram há muitos anos sobre o 1º de Maio de 1974 em Lisboa, que não esqueço, e gosto de a contar nesta altura do ano.

Depois da revolução do 25 de Abril, a grande manifestação popular deu-se nas comemorações do 1º de Maio, então os vários partidos preencheram murais, com palavras de ordem, como exemplo: PCTP/MRPP " O 1º de Maio é Vermelho", o PCP: "O 1º de Maio é Revolução", o PS: " O 1º de Maio é o dia do Trabalhador", etc.

Então, no meio de tantas mensagens, há uma faixa que se destaca, a dos Monárquicos, talvez liderada pelo Prof. Ribeiro Teles que dizia "O 1º de Maio é Feriado!".

Em suma, esta história demonstra o valor da democracia!

PS- Numa altura em que as pessoas se deslocavam por vontade própria e havia poucos autocarros!!!

quinta-feira, 26 de março de 2015

A ESTRANHA

A ESTRANHA 
(autor desconhecido)

Alguns anos após o meu nascimento, o meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade.
Desde o início que o meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, de seguida convidou-a a viver com a nossa família.

A estranha aceitou e, desde então, tem estado connosco.

Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre qual o seu lugar na minha família; na minha mente jovem ela já tinha um lugar muito especial.
Os meus pais eram professores... a minha mãe ensinou-me o que era bom e o que era mau e o meu pai ensinou-me a obedecer.
Mas a estranha era a nossa narradora.
Mantinha-nos enfeitiçados durante horas com aventuras, mistérios e comédias.
Sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.

Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou a minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir e fazia-me chorar.
A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, a minha mãe levantava-se cedo e calada, enquanto nós ficávamos a ouvir o que tinha para dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora).

O meu pai conduzia o nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las.
As blasfémias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos na nossa casa… por nós, pelos nossos amigos ou por qualquer um que nos visitasse.

Entretanto, a nossa visitante de longo prazo usava sem problemas a sua linguagem inapropriada que às vezes queimava os meus ouvidos e que fazia o meu pai se retorcer e a minha mãe se ruborizar.
O meu pai nunca nos deu permissão para beber álcool. Mas a estranha animou-nos a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem especiais.

Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Os seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que os meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante a minha adolescência pela estranha.
Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso dos valores dos meus pais, mesmo assim, permaneceu no nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para a nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.

Não obstante, se hoje pudesse entrar na guarida dos meus pais, ainda a encontraria sentada no seu canto, esperando que alguém quisesse escutar as suas conversas ou dedicar o seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
O seu nome? Ah! O seu nome…

Chamamos-lhe de TELEVISÃO!
É isso mesmo; a intrusa chama-se TELEVISÃO!
Agora tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Telemóvel e um neto com o nome Tablet.
A estranha agora tem uma família. Será que a nossa ainda existe?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ora aí estão eles…40!


Ora aí estão eles…40! Uma data rechonchuda que mistura o saber à nostalgia.

Enfrentar os 40 anos parece para alguns não ser tarefa fácil, abundam os clichés e as redundâncias quando se fala na entrada nos “entas” fazendo, de certo modo, temer este novo ciclo da vida.

Eu pessoalmente, há muito que encarnei o provérbio chinês: “ a juventude não é um ciclo da vida, mas sim um estado de espírito ”, mas olhando para o atrás debruço-me sobre o que foram estas 4 décadas de vida.

Foram anos bons, outros menos bons e, até houve pelo meio, anos maus. Mas aprendi que a vida é assim mesmo, entre a vertigem de se viver o limite com a paciência de acalmar o nosso quotidiano. Nesta mescla da vida há tudo o que é comum ao ser humano e como não sou excepção, vivenciei alegrias, tristezas, sucessos, insucessos, ilusões, decepções…

A vida foi assim ao longo destes 40 anos. Aprendizagens, autonomias, responsabilidades, emancipações fizeram parte do processo de desenvolvimento… Mais tarde aprendi no meio dos vários saberes e com a visão de Vygotsky, que não há aprendizagem sem desenvolvimento! 
Viver livre desde os 15 anos, altura em que fui estudar para Coimbra fizeram-me ser assim, fui rebelde e criei a minha forma própria de olhar o mundo e as coisas. Depois foi Aveiro, Lisboa, Belmonte, novamente Lisboa, a Guarda e o regresso à terra Natal. Quanto ao futuro? Há desafios para ponderar…

Estes anos serviram de amadurecimento humano, neste percurso houve encontros e desencontros e pelo meio apareceu gente que espero não ter que lidar mais… mas também muitos que partiram precocemente e que sinto saudade. A morte do meu pai e do meu avô Joaquim marcaram a crueldade da vida, a frieza de saber que não somos donos de nada, que não comandamos nada e Deus também leva os que mais amamos.

O Presente, é auspicioso pois tenho uma nova família ou como costumo dizer as minhas novas Marias. Com elas cresci o suficiente, para saber que tudo é diferente e que a vida é demasiadamente maravilhosa.
Há também a restante família e os Amigos, porque são muitos, para eles, Um OBRIGADO do tamanho do MUNDO.  

Antes de concluir, a pergunta do quarentão: O que seria da vida sem inimigos? Provavelmente seria 
insípida! A minha bisavó Maria, dizia que não há nenhum Homem que preste se não tiver inimigos! Eu acrescento, que as criticas deles são grandes elogios e os assobios são palmas de grande aclamação. Também para eles o meu Bem-haja!

Termino como comecei, ora aí estão os 40!Por isso, venham mais e dos bons!


PS – Aqui fica o meu reconhecimento, de que tudo isto só foi possível graças ao esforço dos meus pais. Agradeço as oportunidades que tive em poder viver o que vivi… e quase sempre à minha maneira!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Soares é Fixe!




Os grandes líderes políticos destilam na sociedade amor e ódio, há, porém, aqueles que são únicos e invulgares. Mário Soares é um deles. Sempre inconformado com o sistema, faz dele um ser incomum e autêntico na Portugalidade e no mundo… como diz o Gágá Silva na diáspora Lusitânia.  

Soares irá amanhã completar 90 primaveras… haverá sempre a de Abril e outras de grande importância, desde as da descolonização à entrada na CEE, as das vitórias da democracia sobre os perigos do totalitarismo soviético. Norteou-se sempre pelo Republicanismo, lutou por um regime melhor e laico e fez da sua presidência uma presidência aberta ao diálogo com os Portugueses. Toda a sua longevidade é sinónima de cultura, eloquência e de irreverência. 

Soares é único e invulgar, como disse o camarada Pedro Alves: ”Soares é invencível!”.

Parabéns Soares! Venham mais cinco e outros cinco para chegar à centena. Soares é Fixe!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA por Clara Ferreira Alves


Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado.

«Este Governo, o de Pedro Passos Coelho, nasceu de uma infâmia. No livro "Resgatados", de David Dinis e Hugo Coelho, insuspeitos de simpatias por José Sócrates, conta-se o que aconteceu. O então primeiro-ministro chamou Pedro Passos Coelho a São Bento para o pôr a par do PEC4, o programa que evitava a intervenção da troika em Portugal e que tinha sido aprovado na Comissão Europeia e no Conselho Europeu, com o apoio da Alemanha e do BCE, que queriam evitar um novo resgate, depois dos resgates da Grécia e da Irlanda.

Como conta Sócrates na entrevista que hoje se publica, Barroso sabia o quanto este programa tinha custado a negociar e concordava com a sua aplicação, preferível à sujeição aos ditames da troika, uma clara perda de soberania que a Espanha de Zapatero e depois de Rajoy evitou.

Pedro Passos Coelho foi a São Bento e concordou. O resto, como se diz, é história. E não é contada por José Sócrates que um dia a contará toda. No livro conta-se que uma personagem chamada Marco António Costa, porta-voz das ambições do PSD, entalou Passos Coelho entre a espada e a parede. Ou havia eleições no país ou havia eleições no PSD. Pedro Passos Coelho escolheu mentir ao país, dizendo que não sabia do PEC4. Cavaco acompanhou. E José Sócrates demitiu-se, motivo de festa na aldeia.

Detenho-me nesta mentira porque, quando as águas se acalmam no fundo poço, é o momento de nos vermos ao espelho. Pedro Passos Coelho podia ter agido como um chefe político responsável e ter recusado a chantagem do seu partido. Podia ter respondido ao diligente Marco António que o país era mais importante do que o partido e que um resgate seria um passo perigoso para os portugueses. Não o fez. Fraquejou.

Um Governo que começa com uma mentira e uma fraqueza em cima de uma chantagem não acaba bem. Houve eleições, esse momento de vindicação do pequeno espaço político que resta aos cidadãos, e o PSD ganhou, proclamando a sua pureza ideológica e os benefícios da anunciada purga de Portugal. Os cidadãos zangados com o despesismo de José Sócrates e do PS, embarcaram nesta variação saloia do mito sebástico. O homem providencial. Os danos e o sofrimento que esta estupidez tem provocado a Portugal são impossíveis de calcular. 

Consumada a infâmia, a campanha contra José Sócrates continuou dentro de momentos. Todos os dias aparecia uma noticiazinha que espalhava pingos de lama, ou o Freeport, ou a Face Oculta, ou a TVI, ou todas as grandes infâmias de que Sócrates era acusado. Ao ponto do então chefe do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que se tinha aliado ao PCP e ao PSD para deitar o Governo abaixo e provocar a demissão e eleições (no cálculo eleitoralista misturado com a doutrina esquerdista que ignorava a realidade e as contas de Portugal), me ter dito numa entrevista que considerava "miserável" a "campanha pessoal" da direita contra Sócrates. Palavras dele.

Aqui chegados, convém recordar o que o Governo de Passos Coelho tem dito e feito. Recordar as prepotências de Miguel Relvas, os despedimentos, os SMS, os conluios entre a Maçonaria e os serviços secretos, os relatórios encomendados, os escândalos, a ameaça da venda do canal público ao regime angolano, e, por fim, o suave milagre de um inexistente diploma. Convém recordar as mentiras sobre o sistema fiscal, os cortes orçamentais, a adiada e nunca apresentada reforma do Estado, as privatizações apressadas e investigadas pelo MP, os negócios e nomeações, a venda do BPN, as demissões (a de Gaspar, a "irrevogável" de Portas), as mentiras de Maria Luís, os swaps e, por último, cúmulo das dezenas de trapalhadas, o espetáculo da "Razão de Estado" vista pela miopia de Rui Machete. Convém recordar que na semana da demissão de José Sócrates os juros do nosso financiamento externo passaram de 7% para 14%. E os bancos avisaram-no de que não aguentavam. Sócrates sentou-se e assinou o memorando.

Que o atual primeiro-ministro não hesitasse, mais uma vez, em invocar um segundo resgate para ganhar as eleições autárquicas que perdeu, diz tudo sobre a falta de escrúpulos deste Governo, a que se soma a sua indigência, a sua incompetência, o seu amadorismo. A intransigência. Este é o problema, não a austeridade.

José Sócrates foi estudar. Escreveu uma tese, agora em livro, que o honra porque tem um ponto de vista bem argumentado, politicamente corajoso vindo de um ex-primeiro-ministro. E vê-se que sabe o que diz. Podem continuar a odiá-lo, criticá-lo, chamar-lhe nomes. Não alinho nas simpatias ou antipatias pela personagem, com a qual falei raras vezes. O que não podem é culpá-lo de uma infâmia que levou o país ao colapso político, financeiro, cívico e moral.

Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado».


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Desobediência...Obediência...




" Desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil. O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país. É esse o nosso problema."

RAMALHO EANES

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PS está de volta!




O PS está de volta!

Voltou a esperança, a credibilidade e a liderança necessária para derrubar este (des)governo petrificado e que nos conduz para o abismo.

Os Portugueses depositam em António Costa a confiança de um futuro melhor, perspectivando que as suas vidas possam melhorar, havendo mais equidade, mais oportunidades e um suplemento de crescimento económico.

Costa já mostrou ser um homem de diálogo e de contrato, capaz de mediar conflitos, apaziguando diferenças em prol do interesse comum.
Mas como tudo na vida o tempo e só o tempo é que poderá avaliar, sabendo que há muito para fazer e muito por conquistar… As expectativas são enormes.

Parabéns António Costa e ao PS.

Também ao PS local, em especial pela enorme participação nas eleições primárias e porque faz hoje um ano que o PS reconduziu a edilidade municipal.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

heranças!!!

Segundo, Miguel Torga: "Deixar saudades é o único legado que não traz complicações aos herdeiros."
Esta citação é realista e confirma o que é de mais importante do ser humano - o lado racional, o comportamento diferenciado, o desapego ao materialismo e a contribuição para a construção de uma sociedade mais HUMANA!

Deixo um artigo de João Miguel Tavares (apesar de não simpatizar com este "rapaz" valorizo a sua perspectiva em relação ao tema "heranças").   
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Deixem-me então regressar ao fascinante tema das heranças, para tentar explicar por que me parece que ele tem tanto a ver connosco, apesar de não sermos milionários. Todos temos ou tivemos pais, muitos de nós têm filhos, e portanto a questão daquilo que podemos receber de uns ou que iremos deixar aos outros é um tema importante. E sobre isso eu sou muito Buffett-gatiano: as heranças deveriam ser encaradas por cada um de nós como uma dádiva, e não como um direito.

Não me refiro a questões legais, obviamente. Refiro-me a questões morais. Quer dizer: não sei por que raio tanto filho está convencido que tem um direito inalienável ao património dos pais, para o qual, regra geral, nada contribuiu. Os nossos pais têm a obrigação de nos oferecer a melhor educação possível, com certeza, mas a partir daí não têm obrigação de nos deixar mais nada.

O património é deles. Se quiserem enfiá-lo numa fundação para combater a malária, como os Gates, estão no seu direito. Se quiserem oferecê-lo à igreja, estão no seu direito. Se quiserem fazer um testamento em que os filhos não são tratados por igual, também estão no seu direito. Aquilo é deles. Não é nosso.

Infelizmente, não deve haver quem não tenha assistido, na sua família ou em famílias próximas, a conflitos enormes em torno de heranças. Não precisam de ser latifúndios - às vezes basta ser a partilha das colchas da avó. Esses conflitos atingem frequentemente níveis de violência absurdos - há irmãos, sobrinhos, primos que nunca mais se voltam a falar.

Tenho um amigo que acha que as heranças são apenas o gatilho que faz disparar conflitos que estavam latentes, e que encontram ali um campo fértil para serem finalmente verbalizados. Ele terá alguma razão. Mas não acho que tenha a razão toda - há gente que efectivamente enlouquece perante a visão de um serviço de cozinha com 60 anos. Há quem antes das partilhas se desse muito bem e deixe de se dar.

Eu também assisti a isso quando era novo, e jurei a mim próprio que jamais aconteceria comigo - ainda que eu tivesse que oferecer tudo ao meu irmão e me limitasse a manter na minha posse a meia-dúzia de livros de banda desenhada que já lhe roubei entretanto. Nada justifica aquele género de discussões - não foi pelo nosso mérito que a casa, o carro ou os talheres de prata foram conquistados. E se uma coisa não tem o nosso mérito, nem o nosso esforço, nem a nossa dedicação, não pode ser, moralmente, uma exigência nossa.

Ah, e tal, a lei diz que sim. Esqueçam a lei. É evidente que mais vale o património ficar para os filhos do que para o Estado. Os meus pais têm uma relação melhor comigo do que com a Maria Luís Albuquerque. Mas quando a minha atitude deixa de ser de dádiva para passar a ser de dever, invocando para mim o direito a certas coisas que eu não conquistei, cada desacordo com um familiar produz um sentimento semelhante ao de me estarem a assaltar a casa.

Não, não, não. Não faz sentido. A partir do momento que os meus filhos deixarem de ser menores de idade e abandonarem a minha dependência, o que pretendo ensinar-lhes é que aquilo que de melhor tinha para lhes oferecer - a sua educação - já está oferecido. A partir daí, desemerdem-se. Façam-se à vida. Conquistem as coisas pelo seu próprio mérito.


De resto, pretendo fazer com o meu património o que muito bem me apetecer. E se algum dia, depois de bater a bota, os vir discutir acerca de loiças ou pratas ou livros (enfim, acerca de livros ainda perdoo), hei-de reerguer-me da tumba para lhes azucrinar a vida. Vão trabalhar, malandros. Cada um tem a sua vida para viver. A obsessão com as heranças é uma canibalização da vida dos nossos pais. Deixem-nos em paz e vão dar dentadas para outro lado.

segunda-feira, 28 de julho de 2014