terça-feira, 15 de setembro de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
sexta-feira, 1 de maio de 2015
Uma história do 1º de Maio de 1974
Há uma história que me contaram há muitos anos sobre o 1º de Maio de 1974 em Lisboa, que não esqueço, e gosto de a contar nesta altura do ano.
Depois da revolução do 25 de Abril, a grande manifestação popular deu-se nas comemorações do 1º de Maio, então os vários partidos preencheram murais, com palavras de ordem, como exemplo: PCTP/MRPP " O 1º de Maio é Vermelho", o PCP: "O 1º de Maio é Revolução", o PS: " O 1º de Maio é o dia do Trabalhador", etc.
Então, no meio de tantas mensagens, há uma faixa que se destaca, a dos Monárquicos, talvez liderada pelo Prof. Ribeiro Teles que dizia "O 1º de Maio é Feriado!".
Em suma, esta história demonstra o valor da democracia!
PS- Numa altura em que as pessoas se deslocavam por vontade própria e havia poucos autocarros!!!
quinta-feira, 26 de março de 2015
A ESTRANHA
A ESTRANHA
(autor desconhecido)
Alguns anos após o meu nascimento, o meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade.
Desde o início que o meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, de seguida convidou-a a viver com a nossa família.
A estranha aceitou e, desde então, tem estado connosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre qual o seu lugar na minha família; na minha mente jovem ela já tinha um lugar muito especial.
Os meus pais eram professores... a minha mãe ensinou-me o que era bom e o que era mau e o meu pai ensinou-me a obedecer.
Mas a estranha era a nossa narradora.
Mantinha-nos enfeitiçados durante horas com aventuras, mistérios e comédias.
Sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou a minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir e fazia-me chorar.
A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, a minha mãe levantava-se cedo e calada, enquanto nós ficávamos a ouvir o que tinha para dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora).
O meu pai conduzia o nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las.
As blasfémias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos na nossa casa… por nós, pelos nossos amigos ou por qualquer um que nos visitasse.
Entretanto, a nossa visitante de longo prazo usava sem problemas a sua linguagem inapropriada que às vezes queimava os meus ouvidos e que fazia o meu pai se retorcer e a minha mãe se ruborizar.
O meu pai nunca nos deu permissão para beber álcool. Mas a estranha animou-nos a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem especiais.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Os seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que os meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante a minha adolescência pela estranha.
Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso dos valores dos meus pais, mesmo assim, permaneceu no nosso lar.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para a nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje pudesse entrar na guarida dos meus pais, ainda a encontraria sentada no seu canto, esperando que alguém quisesse escutar as suas conversas ou dedicar o seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
O seu nome? Ah! O seu nome…
Chamamos-lhe de TELEVISÃO!
É isso mesmo; a intrusa chama-se TELEVISÃO!
Agora tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Telemóvel e um neto com o nome Tablet.
A estranha agora tem uma família. Será que a nossa ainda existe?
terça-feira, 17 de março de 2015
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Ora aí estão eles…40!
Ora aí estão eles…40! Uma data
rechonchuda que mistura o saber à nostalgia.
Enfrentar os 40 anos parece para
alguns não ser tarefa fácil, abundam os clichés e as redundâncias quando se
fala na entrada nos “entas” fazendo, de certo modo, temer este novo ciclo da
vida.
Eu pessoalmente, há muito que
encarnei o provérbio chinês: “ a juventude não é um ciclo da vida, mas sim um
estado de espírito ”, mas olhando para o atrás debruço-me sobre o que foram
estas 4 décadas de vida.
Foram anos bons, outros menos
bons e, até houve pelo meio, anos maus. Mas aprendi que a vida é assim mesmo,
entre a vertigem de se viver o limite com a paciência de acalmar o nosso
quotidiano. Nesta mescla da vida há tudo o que é comum ao ser humano e como não
sou excepção, vivenciei alegrias, tristezas, sucessos, insucessos, ilusões,
decepções…
A vida foi assim ao longo destes
40 anos. Aprendizagens, autonomias, responsabilidades, emancipações fizeram
parte do processo de desenvolvimento… Mais tarde aprendi no meio dos vários
saberes e com a visão de Vygotsky, que não há aprendizagem sem
desenvolvimento!
Viver livre desde os 15 anos,
altura em que fui estudar para Coimbra fizeram-me ser assim, fui rebelde e criei
a minha forma própria de olhar o mundo e as coisas. Depois foi Aveiro, Lisboa,
Belmonte, novamente Lisboa, a Guarda e o regresso à terra Natal. Quanto ao
futuro? Há desafios para ponderar…
Estes anos serviram de amadurecimento
humano, neste percurso houve encontros e desencontros e pelo meio apareceu
gente que espero não ter que lidar mais… mas também muitos que partiram
precocemente e que sinto saudade. A morte do meu pai e do meu avô Joaquim
marcaram a crueldade da vida, a frieza de saber que não somos donos de nada,
que não comandamos nada e Deus também leva os que mais amamos.
O Presente, é auspicioso pois tenho
uma nova família ou como costumo dizer as minhas novas Marias. Com elas cresci
o suficiente, para saber que tudo é diferente e que a vida é demasiadamente
maravilhosa.
Há também a restante família e os
Amigos, porque são muitos, para eles, Um OBRIGADO do tamanho do MUNDO.
Antes de concluir, a pergunta do
quarentão: O que seria da vida sem inimigos? Provavelmente seria
insípida! A
minha bisavó Maria, dizia que não há nenhum Homem que preste se não tiver
inimigos! Eu acrescento, que as criticas deles são grandes elogios e os
assobios são palmas de grande aclamação. Também para eles o meu Bem-haja!
Termino como comecei, ora aí
estão os 40!Por isso, venham mais e dos bons!
PS – Aqui fica o meu reconhecimento, de que
tudo isto só foi possível graças ao esforço dos meus pais. Agradeço as
oportunidades que tive em poder viver o que vivi… e quase sempre à minha
maneira!
sábado, 17 de janeiro de 2015
sábado, 6 de dezembro de 2014
Soares é Fixe!
Os grandes líderes políticos destilam na sociedade amor e
ódio, há, porém, aqueles que são únicos e invulgares. Mário Soares é um deles. Sempre
inconformado com o sistema, faz dele um ser incomum e autêntico na
Portugalidade e no mundo… como diz o Gágá Silva na diáspora Lusitânia.
Soares irá amanhã completar 90 primaveras… haverá sempre a de
Abril e outras de grande importância, desde as da descolonização à entrada na
CEE, as das vitórias da democracia sobre os perigos do totalitarismo soviético.
Norteou-se sempre pelo Republicanismo, lutou por um regime melhor e laico e fez
da sua presidência uma presidência aberta ao diálogo com os Portugueses. Toda a
sua longevidade é sinónima de cultura, eloquência e de irreverência.
Soares é
único e invulgar, como disse o camarada Pedro Alves: ”Soares é invencível!”.
Parabéns Soares! Venham mais cinco e outros cinco para
chegar à centena. Soares é Fixe!
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
A HISTÓRIA UNIVERSAL DA INFÂMIA por Clara Ferreira Alves
Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado.
«Este Governo, o de Pedro Passos Coelho, nasceu de uma infâmia. No livro "Resgatados", de David Dinis e Hugo Coelho, insuspeitos de simpatias por José Sócrates, conta-se o que aconteceu. O então primeiro-ministro chamou Pedro Passos Coelho a São Bento para o pôr a par do PEC4, o programa que evitava a intervenção da troika em Portugal e que tinha sido aprovado na Comissão Europeia e no Conselho Europeu, com o apoio da Alemanha e do BCE, que queriam evitar um novo resgate, depois dos resgates da Grécia e da Irlanda.
Como conta Sócrates na entrevista que hoje se publica, Barroso sabia o quanto este programa tinha custado a negociar e concordava com a sua aplicação, preferível à sujeição aos ditames da troika, uma clara perda de soberania que a Espanha de Zapatero e depois de Rajoy evitou.
Pedro Passos Coelho foi a São Bento e concordou. O resto, como se diz, é história. E não é contada por José Sócrates que um dia a contará toda. No livro conta-se que uma personagem chamada Marco António Costa, porta-voz das ambições do PSD, entalou Passos Coelho entre a espada e a parede. Ou havia eleições no país ou havia eleições no PSD. Pedro Passos Coelho escolheu mentir ao país, dizendo que não sabia do PEC4. Cavaco acompanhou. E José Sócrates demitiu-se, motivo de festa na aldeia.
Detenho-me nesta mentira porque, quando as águas se acalmam no fundo poço, é o momento de nos vermos ao espelho. Pedro Passos Coelho podia ter agido como um chefe político responsável e ter recusado a chantagem do seu partido. Podia ter respondido ao diligente Marco António que o país era mais importante do que o partido e que um resgate seria um passo perigoso para os portugueses. Não o fez. Fraquejou.
Um Governo que começa com uma mentira e uma fraqueza em cima de uma chantagem não acaba bem. Houve eleições, esse momento de vindicação do pequeno espaço político que resta aos cidadãos, e o PSD ganhou, proclamando a sua pureza ideológica e os benefícios da anunciada purga de Portugal. Os cidadãos zangados com o despesismo de José Sócrates e do PS, embarcaram nesta variação saloia do mito sebástico. O homem providencial. Os danos e o sofrimento que esta estupidez tem provocado a Portugal são impossíveis de calcular.
Consumada a infâmia, a campanha contra José Sócrates continuou dentro de momentos. Todos os dias aparecia uma noticiazinha que espalhava pingos de lama, ou o Freeport, ou a Face Oculta, ou a TVI, ou todas as grandes infâmias de que Sócrates era acusado. Ao ponto do então chefe do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que se tinha aliado ao PCP e ao PSD para deitar o Governo abaixo e provocar a demissão e eleições (no cálculo eleitoralista misturado com a doutrina esquerdista que ignorava a realidade e as contas de Portugal), me ter dito numa entrevista que considerava "miserável" a "campanha pessoal" da direita contra Sócrates. Palavras dele.
Aqui chegados, convém recordar o que o Governo de Passos Coelho tem dito e feito. Recordar as prepotências de Miguel Relvas, os despedimentos, os SMS, os conluios entre a Maçonaria e os serviços secretos, os relatórios encomendados, os escândalos, a ameaça da venda do canal público ao regime angolano, e, por fim, o suave milagre de um inexistente diploma. Convém recordar as mentiras sobre o sistema fiscal, os cortes orçamentais, a adiada e nunca apresentada reforma do Estado, as privatizações apressadas e investigadas pelo MP, os negócios e nomeações, a venda do BPN, as demissões (a de Gaspar, a "irrevogável" de Portas), as mentiras de Maria Luís, os swaps e, por último, cúmulo das dezenas de trapalhadas, o espetáculo da "Razão de Estado" vista pela miopia de Rui Machete. Convém recordar que na semana da demissão de José Sócrates os juros do nosso financiamento externo passaram de 7% para 14%. E os bancos avisaram-no de que não aguentavam. Sócrates sentou-se e assinou o memorando.
Que o atual primeiro-ministro não hesitasse, mais uma vez, em invocar um segundo resgate para ganhar as eleições autárquicas que perdeu, diz tudo sobre a falta de escrúpulos deste Governo, a que se soma a sua indigência, a sua incompetência, o seu amadorismo. A intransigência. Este é o problema, não a austeridade.
José Sócrates foi estudar. Escreveu uma tese, agora em livro, que o honra porque tem um ponto de vista bem argumentado, politicamente corajoso vindo de um ex-primeiro-ministro. E vê-se que sabe o que diz. Podem continuar a odiá-lo, criticá-lo, chamar-lhe nomes. Não alinho nas simpatias ou antipatias pela personagem, com a qual falei raras vezes. O que não podem é culpá-lo de uma infâmia que levou o país ao colapso político, financeiro, cívico e moral.
Entre os portugueses e a luxúria do poder, Passos Coelho escolheu o poder. Fica registado».
terça-feira, 14 de outubro de 2014
Desobediência...Obediência...
" Desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil. O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país. É esse o nosso problema."
RAMALHO EANES
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
segunda-feira, 29 de setembro de 2014
PS está de volta!
O PS está de volta!
Voltou a esperança, a credibilidade e a liderança necessária para derrubar este (des)governo petrificado e que nos conduz para o abismo.
Os Portugueses depositam em António Costa a confiança de um futuro melhor, perspectivando que as suas vidas possam melhorar, havendo mais equidade, mais oportunidades e um suplemento de crescimento económico.
Costa já mostrou ser um homem de diálogo e de contrato, capaz de mediar conflitos, apaziguando diferenças em prol do interesse comum.
Mas como tudo na vida o tempo e só o tempo é que poderá avaliar, sabendo que há muito para fazer e muito por conquistar… As expectativas são enormes.
Parabéns António Costa e ao PS.
Também ao PS local, em especial pela enorme participação nas
eleições primárias e porque faz hoje um ano que o PS reconduziu a edilidade
municipal.
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