terça-feira, 27 de setembro de 2011

Coerência!

Há algum tempo, certos amigos, com o desejo de acicatar, diziam-me “ouve o Professor Medina Carreira (MC), vê como tem razão na forma como avalia o país, o governo, um cenário catastrófico conjugado com muita desgraça que não permitiria alavancar esperança para o futuro do nosso país”.

Nessa mesma altura, referi que o Professor Medina Carreira, com todo o respeito pelo seu passado, é hoje uma pessoa fora do tempo, as suas criticas baseiam-se em meros disparates que funcionam como soundbytes para uma geração que desconhecia este senhor. Assim referi, e fazendo uso ao direito à critica, vivo num país livre e com uma democracia sólida, que permite discordar de todos aqueles que olhavam para o Professor MC, como uma espécie de guru, visionário, ou mesmo um “messias” que vislumbrava um tempo de trevas que iremediavelmente nos conduziria ao fracasso.

Porém, o Professor Medina Carreira descobriu que o problema tinha resolução, uma solução fácil, necessária, barata e útil para o país, a mudança de governo era o antídoto da doença...

Continuei a dizer que o MC estava desajustado e as suas professias da desgraça não contribuiam, em nada, para aliviar uma crise com contornos nacionais, europeus e internacionais. Ou melhor, uma crise iniciada por especuladores internacionais, com o objectivo de decapitar a zona euro e que esta, com um misto de miopia, conservadorismo e até com uma restia xenófoba (dos mais fortes) não conseguiria sobreviver, por consequência, o nosso país continuaria periférico e secundário à resolução do problema.

Contudo, eram necessárias medidas de austeridade e de equidade, mas só seriam proficuas se a Europa voltasse a “beber” dos princípios da criação da Comunidade Europeia, fazendo renascer a vontade dos seus fundadores, o desejo de unir esforços para que a união de povos, com objectivos comuns, possa sobreviver e almejar um futuro melhor. Hoje, os dirigentes europeus “são fracos”, incomparavelmente inferiores aos seus fundadores (Jean Monnet, Robert Schuman ou Paul-Henri Spaak).

Sabemos que os tempos eram, são e serão difíceis para contornar esta crise iniciada há muito, mas o que me levou a escrever estas palavras, é que passados quase quatro meses de “uma nova era governamental”, os mesmos amigos, que outrora me diziam ouve o Prof. Medina Carreira, agora, dizem estar “xoné” e que já não diz coisa com coisa...

Pois bem, eu continuo a dizer o mesmo que dizia há uns tempos atrás. Aos meus amigos apelo à coerência, pois para mim, com todo o respeito pelo MC, este continua fora do tempo, por muito conveniente que me seja ouvi-lo dizer mal deste novo governo!

sábado, 17 de setembro de 2011

Enorme buraco na Madeira.

Já não precisamos de acordos com Hugo Chávez (Venezuela), pelo que parece,já temos petróleo na Madeira, face ao tamanho do buraco. Agora, percebo o porquê de Alberto João Jardim não engraçar com José Sócrates.

O pior, se este buraco é um buraco na camada do ozono e assim ficamos todos queimados...