segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Citação


 "um bom pastor deve tosquiar as suas ovelhas, mas não esfolá-las".
 


Tiberius Claudius Nero Caesar (16 de novembro de 42 a.C.–16 de Março de 37 d.C.)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

MADIBA ... (FOREVER)

 
“ Sonho com o dia que todos se levantarão e compreenderão que fomos feitos para viver como irmãos ” - Nelson Mandela (1918-2013)

 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O preconceito é a pior de todas DEFICIÊNCIAS

 
 
"O preconceito é a pior de todas DEFICIÊNCIAS". Hoje, assinala-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, com vista a promover uma maior compreensão das questões relativas à deficiência.
Não devemos esquecer que todos(as) aqueles que possuem deficiência vivem com ela todos os dias do ano. A solidariedade e a sensibilidade para com eles devem ser constantes e diárias!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Portugal vs Irlanda

A propósito da proeza da Irlanda, que decidiu recusar o programa cautelar no final do ajustamento, o nosso governo insiste numa propaganda demagógica. Passos Coelho continua a viver no país das maravilhas e atira com areia para os olhos de todos os portugueses.
 
Comparar a austeridade portuguesa com a irlandesa é um acto de incomparável irracionalidade tirando o futebol, só somos melhores na taxa de desemprego, na miséria, na precaridade laboral, na demagogia… até o Sr. Marques Mendes dá-se à vassalagem de defender tal desgovernação e de achar que todos acreditamos em tais profecias (“na Irlanda o programa foi mais duro do que em Portugal”).
Os dados não enganam e são de irrefutável comparação:
 
- Ordenado mínimo em Portugal - 485 euros para 1283 euros da Irlanda (já com o corte);
 
- Ordenado médio em Portugal – 1404,3 euros para 3687 euros da Irlanda;
 
- As exportações na Irlanda, durante o período de 2009 a 2013, representam 108% do PIB do país - contra 39% de Portugal;
 
- Taxa de desemprego em Portugal – 17% (já que não contam com os que tiveram que emigrar) para 13% da Irlanda;
 
De facto somos os campeões na demagogia e na ilusão de que a retoma económica está aí ao virar da esquina.
 
Um país que continua diariamente a ver sair os seus jovens (qualificados) para outros países, nomeadamente para a Irlanda, e tem o seu PM a dizer que em Portugal a austeridade é menos dura do que a dos Irlandeses é no mínimo mandar-nos à Merda…

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Não há Presidentas...

Publico um e-mail recebido a propósito da palavra PRESIDENTA.
 
A jornalista Pilar del Rio costuma explicar, com um ar de catedrática no assunto, que dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta...
Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República.

Ainda esta semana escutei Helena Roseta dizer : «Presidenta!», retorquindo o comentário de um jornalista da SICNotícias, muito segura da sua afirmação...

A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho.

Uma belíssima aula de português.

Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta!
A presidenta foi estudanta?
Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

No português existem os particípios activos como derivativos verbais.
Por exemplo:
o particípio activo do verbo atacar é atacante, o de pedir é pedinte,
o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...

Qual é o particípio activo do verbo ser?
O particípio activo do verbo ser é ente.
Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se:
capela ardente, e não capela"ardenta"; estudante, e não "estudanta";
adolescente, e não "adolescenta"; paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

quarta-feira, 24 de julho de 2013

No meio desta irrevogável crise politica!

Desengane-se quem pensa que esta crise governamental terminou. Depois das irrevogáveis demissões e da carta gaspariana, com o pedido de clemência de todo o falhanço de políticas deste (des)governo, nada poderá contrariar o óbvio - “A coligação fez TILT”.

A direita suspira de alívio e acredita na ilusão de que os portugueses possam voltar atrás e acreditar que agora sim, um governo coeso… que pífia conclusão: a ajuda do Sr. Aníbal Silva veio apenas, e tão só, mostrar o que todos já sabemos, para este senhor, sempre que tiver que escolher entre o interesse do País e o do seu PSD, ele optará, como sempre, pelo do seu partido, não fosse ele o político há mais tempo em exercício (foi Ministro, foi 10 anos PM e caminha para mais 10 anos de PR), tudo somadinho dá-lhe o estatuto do maior responsável pelos falhanços deste país.

E agora, o ministro irrevogável (Portas) negoceia com a UE, BCE e FMI pedindo mais flexibilidade financeira, solicitando rotura com as politicas de ex-Gaspar, porém quem tem a tutela das finanças é a Sr.ª ministra Swap, que não passa de uma discípula de toda a politica de corte e de grande austeridade levada a cabo… Enfim, esta novela mexicana promete mais uma série de episódios circenses com os acrobatas e bailarinos do costume.

No meio de tudo isto, António José Seguro mostrou que está mais capaz e que poderá ser o que muitos portugueses duvidavam, o futuro 1º ministro. É certo que, no meio desta tempestade, o tempo poderá não jogar a seu favor, uma vez que manter uma popularidade alta não é tarefa fácil porém, a médio prazo, o fato pode começar a servir e São Bento fica tão perto do Largo do Rato…
Estas duas semanas foram tão esclarecedoras do jogo de interesses que estas crises proporcionam entre interessados e interesseiros, com os vários cálculos de pseudo-analistas de ocasião. No meio deste tumulto muitos interesses estão em jogo, deixar o poder é deixar de cozinhar… e há tantas privatizações em curso, tanto dinheirinho para distribuir…

Por falar em dinheirinho, que bela escolha o novo ministro dos Negócios Estrangeiros, mais um velho amigo do Sr. Cavaco, mais um que lapidou o BPN…

Por último, deixo um artigo, publicado hoje no jornal I do camarada e amigo Pedro Nuno Santos, no qual me revejo na íntegra sendo as suas palavras esclarecedoras sobre alguns dividendos políticos que muita gente tentou fazer em torno da decisão da dita salvação nacional.


“ Foram vários os comentadores e analistas políticos que abordaram criticamente a manifestação pública de opinião, por parte de alguns históricos do Partido Socialista, sobre a eventual assinatura de um acordo de salvação nacional. A maior parte com o objectivo de assim diminuírem a decisão final do secretário-geral do PS. Segundo aqueles, António José Seguro teria cedido às pressões internas do seu partido. Esta análise repetida por vários comentadores, muitos deles comprometidos politicamente com o Presidente da República e com os partidos que apoiam o governo, revela uma preocupante falta de cultura democrática.
Podemos concluir destas análises que estes comentadores consideram que os militantes dos partidos políticos, em matérias com a importância desta, devem estar calados ou falar apenas dentro das sedes partidárias. Como não os ouvimos queixar-se dos apelos e das pressões de grupos de empresários, ou mesmo de si próprios, podemos concluir que consideram os militantes do Partido Socialista cidadãos menores. Isto é, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, José Gomes Ferreira, Camilo Lourenço ou Alexandre Relvas podem pressionar os partidos da forma que entenderem, mas Mário Soares e Manuel Alegre não.
Considerando as opiniões destes analistas “independentes”, podemos afirmar com segurança que, caso António José Seguro tivesse decidido assinar um acordo que aceitasse cortes nas pensões e despedimentos na função pública, não o acusariam de ter cedido aos empresários ou às suas próprias pressões. Não, nesse caso teria sido corajoso. Acontece que em democracia não é a direita sozinha que determina qual é a decisão correcta e corajosa.

O Partido Socialista é um partido livre e transparente e os seus militantes são cidadãos plenos, com o direito de defenderem interna e publicamente o que acham mais acertado para o país. Naturalmente que depois são os órgãos internos a definir as posições finais. Na realidade, o que estes comentadores e analistas queriam era que apenas fossem ouvidas pressões para que o acordo fosse assinado. Pressões, só as deles.”


 

 

terça-feira, 28 de maio de 2013

ANTOLOGIA POÉTICA APRESENTADA NA XVI FEIRA DO LIVRO


A Câmara Municipal de Mêda levou a cabo entre os dias 23 e 27 de Maio, na Nave de Exposições do Mercado Municipal, a XVI Feira do Livro; resultante da parceria este Município Medense e o Agrupamento de Escolas do Concelho de Mêda.
 
Este evento pode contar com múltiplas atividades, designadamente:
- "Fragmentos": Homenagem a Amadeu de Souza Cardoso nos 125 anos da sua morte. - E.V. 9º ano;
- Exposição de trabalhos dos vários ciclos do agrupamento de escolas;
- Encontro com António Fontinha – contador de histórias;
- Apresentação do livro "N.ª Sra. dos Milagres - Da Promessa de um Barreirense à Devoção de Gerações" de Marisa Pêgo;
- Atuação da EGITÚNICA – Tuna Feminina do Instituto Politécnico da Guarda;
- Atuação da ESPROARTE de Mirandela (orquestra juvenil);
- Atuação do Centro de formação musical de Mêda;
 
Efetivamente, verificou-se o envolvimento de toda a comunidade educativa, agentes locais e população em geral, que encheram aquele espaço, nomeadamente no lançamento da Antologia Poética dos Poetas do Concelho de Mêda:
 
Esta antologia poética revela uma riqueza cultural valiosíssima. É evidente nos vinte e sete poetas eleitos para figurar nesta antologia, uma transversalidade temática em alguns deles, a par de uma grande diversidade de pensamentos, diferentes tendências poéticas, de diferentes olhares e de personalidades de múltiplas facetas, que travam um combate cívico por um mundo de valores e denotam um amor intenso pela palavra. Não se encontra uma regra comum, antes um elo invisível que une os poetas do nosso concelho, na capacidade de perpetuar a nossa identidade cultural, na preocupação com o mundo, na interação social evidente, que permite alicerçar o sentido de pertença às suas raízes, influenciando a forma como se expressam.
 
A grande riqueza das Terras de Mêda são as pessoas, os Medenses, e importa valorizar e atualizar o nosso património imaterial de modo a que os mais jovens possam ser no futuro fiéis depositários das expressões culturais e das tradições ancestrais legadas pelos nossos antepassados e, depositar neles, toda a nossa esperança e confiança. Esta antologia é a melhor resposta a esse desiderato visto que nela são transmitidos valores e recordações imprescindíveis não só ao conhecimento do passado, mas também à pedagogia das novas gerações. Sendo a única antologia poética do concelho e provavelmente do distrito.
 
 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 

 

 
 


 






sábado, 18 de maio de 2013

Está-nos no sangue, a corrupção

Um artigo interessante de Ferreira Fernandes sobre os nossos "brüder" alemães.
 
No meio de tanta frieza, autoritarismo e alguma tecnocracia germânica, eis um, de muitos casos que demonstram as mesmas tentações, os mesmos vícios e os mesmos delitos...
 
A conclusão, óbvia: "O crime não é coisa puramente latina!".
 
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Está-nos no sangue, a corrupção

 
Primo, mulher ou filho, a relação familiar pode variar, mas a etimologia de nepotismo é como a prova do algodão: a origem da palavra é "nipote", que em italiano quer dizer sobrinho. O nepotismo é de país do Sul, evidentemente.
 
Cola-se--nos aos costumes, a todos PIGS - tugas, macarronis, coños e outros comedores de iogurte com pepino picado -, gente mediterrânica que começa a corrupção logo lá em casa. Sabem como termina a Carta de Pêro Vaz de Caminha ao Rei, depois do achamento do Brasil? A pedir um favor para o genro! E depois não queremos os alemães a dar-nos lições... Agora, mais uma região europeia do Sul, palco de nepotismo.
 
Há 15 dias, o líder parlamentar de um partido do Governo demitiu-se do cargo, depois de se saber que empregava a mulher como sua secretária há 23 anos, com salário mensal de 5500 euros pago pelo Parlamento.
 
Na semana passada, o presidente da comissão parlamentar de Finanças, do mesmo partido, também se demitiu: tinha há dez anos como assalariados, pagos pelo Parlamento, a mulher e os dois filhos. Estes, quando começaram a mamar dos dinheiros públicos, tinham 13 e 14 anos. Apesar de se terem demitido dos cargos de direção, os dois políticos continuam deputados. No Sul pode haver muito défice, mas não de falta de vergonha.
 
Ah, já me esquecia, a região europeia de que falo é a Baviera, no Sul da Alemanha. E os deputados, Georg Schmid e Georg Winter, são da CSU, da coligação de Angela Merkel.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Inquérito do Público- "Os Portugues Preferem Sócrates!"

Inquérito do Jornal "Público"
"Qual dos políticos comentadores prefere?"
 
- António Costa - 4%
 
Argumentos
  • 9 votos: Experiencia, passado e credibilidade.
  • 7 votos: Bom observador e credível!
  • 6 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
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- Francisco Louçã - 10%

Argumentos
  • 6 votos: É o único comentador que entende de economia.
  • 6 votos: Embora por vezes controverso, é uma voz necessária.
  • 1 votos: É um populista com uma visão de esquerda radical
  • 0 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
  • 0 votos: Reconhece que errou quando votou a moção de censura contra Sócrates.
  • 0 votos: De longe o melhor! Fosse ele o nosso P-M e não estaríamos neste buraco
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- José Sócrates - 54%

Argumentos
  • 37 votos: Para além de perceber do que fala, aponta o caminho.
  • 23 votos: Percebe do que fala
  • 18 votos: Não esta condicionado e fala verdades e define estratégias
  • 14 votos: Excelente comunicador!
  • 10 votos: o mais patriota dos nossos PM
  • 10 votos: Tem ideias e tenta pô-las em prática
  • 10 votos: Percebe-se do que fala
  • 7 votos: É credível ao criar a sensação de que com ele as coisas seriam diferentes
  • -7 votos: Continua a ser o sofista do costume, igual a ele próprio, sem crédito.
  • -10 votos: não passa de um fala barato, devia ter vergonha arruinou Portugal.
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- Manuela Ferreira Leite - 8%

Argumentos
  • 10 votos: Se tivesse sido eleita primeira ministra, não estaríamos nesta situação
  • 3 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
  • 1 votos: Excelente prestação! Sabe do que fala!
  • 1 votos: PSD elegeu o líder que resolva o problema .
  • -1 votos: Explica as coisas de uma forma mais simples para todos.
  • -2 votos: Dra. Acho que todo o Pais lhe dá toda a razão.
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- Marcelo Rebelo de Sousa - 13%

Argumentos
  • 8 votos: Experiente, intelectual e expõe as ideias com clareza.
  • 6 votos: Parcialidade disfarçada
  • 4 votos: É da mesma cor política do governo" finge que discorda" mas faz jogo
  • 3 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
  • 2 votos: é completamente parcial
  • 2 votos: Fala uma coisa" mas é parcial
  • 1 votos: diz muitas não verdades com ar de quem sabe o que diz
  • 1 votos: PSD discorda mas não retira confiança política ao líder .
  • 0 votos: É o mais imparcial.
  • 0 votos: Diz o que tem de ser dito.
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- Marques Mendes - 1%

Argumentos
  • 2 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
  • 2 votos: Sem ideias, mais fofoqueiro do que comentador
  • 2 votos: Coitadinho, nem 1%
  • -1 votos: Pessoa séria, sendo parcial tem credibilidade
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- Pacheco Pereira - 10%

Argumentos
  • 10 votos: É o mais culto e abarca diferentes saberes
  • 5 votos: É imparcial e intelectualmente honesto
  • 2 votos: Justifica com argumentos irrebatíveis
  • 1 votos: Contra poder
  • 1 votos: È o mais culto e intelectualmente honesto
  • 0 votos: É um jogo de interesses e os portugueses continuam a ir nas cantigas.
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- Pedro Santana Lopes - 1%
 

domingo, 24 de março de 2013

E o mentiroso, sou eu ?

O ocorrido na passada quinta-feira, em relação à vinda, como comentador, de José Sócrates para a RTP, por parte de alguns deputados do PSD e do CDS, é de PASMAR, de lamentar a falta de democraticidade e de complexos estéreis perante o seu regresso. Como é possível considerarem-se sociais democratas! Será que têm medo que José Sócrates comece a falar deste verdadeiro descalabro do actual desgoverno! E que possa dizer: " e o mentiroso sou eu? o burro sou eu?".

Deixo algumas das mentiras do actual Primeiro Ministro, na altura líder da oposição, nas vésperas das eleições legislativas (Março a Maio de 2011).

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"Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução."

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"Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa."

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"Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias."

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"Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou."

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"Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas."

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"O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa."

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"Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos."

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"Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos."

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"Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos."

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"Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado."

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"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal."

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"O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando."

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"Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa.

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"Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas."

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"Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português."

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"A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento."

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"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos."

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"Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota."

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"O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento."

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"Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate."

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"Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?"

sábado, 9 de março de 2013

De Pedro Santos para Soares dos Santos

Tenho lido os artigos no jornal I, todas as quarta feiras, do meu camarada e amigo Pedro Nuno Santos, estes fazem-me admirar a sua perspicácia política e a forma como expõe os seus pontos de vista. A sua visão faz, sem dúvida, dele uma esperança do panorama político do país e, em especial, do Partido Socialista. 
Reparei que esta semana dirigiu as suas palavras ao agiota Soares dos Santos. Admirei, uma vez mais, a sua capacidade de síntese e o seu poder de desmascarar um dos muitos usurpadores do capitalismo deste velho Portugal… Entendo, por isso, a publicação desse mesmo artigo.
 
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Caro Alexandre Soares dos Santos, sou cidadão português e deputado na Assembleia da República. Sou, portanto, um dos destinatários dos inúmeros conselhos que tanto gosta de dar aos políticos, aos jovens e aos portugueses em geral. Mas eu também tenho algumas coisas para lhe dizer. O senhor é um dos poucos vencedores do euro e das taxas de juro baixas – com uma moeda mais forte que o escudo conseguiu passar a importar mais barato, e com taxas de juro historicamente baixas, conseguiu o crédito necessário para, em poucos anos, alargar a todo o país a sua rede de distribuição e investir no estrangeiro. Pelo caminho, contribuiu negativamente para o saldo da nossa balança comercial, “aniquilou” o comércio tradicional e esmagou as margens de lucro dos pequenos produtores agrícolas.

Como se isto não fosse suficiente, ainda teve o descaramento de, em plena crise, transferir a domiciliação fiscal do seu grupo económico para outro país. E assim, ironicamente, enquanto o povo português faz das tripas coração para pagar esta crise, o senhor (ao que parece, um dos homens mais ricos do mundo) deixa de pagar em Portugal os impostos que eram devidos pelo lucro obtido cá, para pagar menos na Holanda.
Encontrou ainda, apesar de a economia portuguesa estar em recessão, uma oportunidade de negócio em mais um sector protegido da concorrência internacional – depois de o sector da distribuição, o sector da saúde – montando uma rede de clínicas médicas low cost. À luz deste investimento, compreendem-se melhor as críticas que faz à “subsidiodependência”, ou quando afirma que “andamos sempre a mamar na teta do Estado” – quanto menos o Estado investir no Serviço Nacional de Saúde, maior será o número dos seus clientes, correcto?
Caro Alexandre Soares dos Santos, permita-me a ousadia de lhe dar um conselho: use parte da fortuna que amealhou neste país para investir na indústria. Desenvolva, por exemplo, uma bicicleta eléctrica: proponha-se entrar no capital de uma empresa portuguesa de bicicletas já existente, contrate uma equipa de jovens engenheiros para conceberem baterias eléctricas, invista no design da bicicleta e na sua promoção e use a rede de distribuição de que dispõe para as lançar no mercado.
Arrisque, mostre que também é capaz de produzir coisas e de as exportar; como fazem já os empresários do sector do calçado, que desenvolvem produtos reconhecidos internacionalmente, que correm meio mundo para garantir encomendas e ainda contribuem para o aumento da produção nacional e positivamente para o saldo da nossa balança comercial.


terça-feira, 5 de março de 2013

Pragmatismo!


ANTONIO COSTA abriu a boca

Comentadores e analistas políticos não têm a coragem de dizer o que disse António Costa, em menos de 3 minutos no programa "quadratura do círculo".

RELEMBRAR

E aqui está textualmente o que ele disse (transcrito manualmente):

(...) A situação a que chegámos não foi uma situação do acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal para Portugal deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi também na indústria, por ex. no têxtil. Nós fomos financiados para desmantelar o têxtil porque a Alemanha queria (a Alemanha e os outros países como a Alemanha) queriam que abríssemos os nossos mercados ao têxtil chinês basicamente porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que nós deixávamos de produzir.

E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades é uma mentira inaceitável.

Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado. E portanto, houve um comportamento racional dos agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia. Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é isso que estamos a pagar!

A ideia de que os portugueses são responsáveis pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra. A de que não há alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de consumo exagerados. Colossais fraudes. Nem os portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável.

Quem viveu muito acima das suas possibilidades nas últimas décadas foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado. A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se. A Expo 98 transformou uma zona degradada numa nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu prejuízo. Foi ainda o Euro 2004, e a compra dos submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha. E foram as vigarices de Isaltino Morais, que nunca mais é preso. A que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.

Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades. Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público--privadas, rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.

Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A minha play list

O que aconteceria se alguém me pedisse para elaborar uma play list? Seria certamente uma tarefa dificílima... Já lá vão os tempos em que devorava álbuns, correndo às discotecas para ouvir as novidades, primeiro em Coimbra, a seguir em Aveiro e depois em Lisboa - (Almedina (Coimbra), Oxigénio (Aveiro), Fnac (Lisboa)- sem esquecer as idas ao Porto, com os amigos Sampaio e Óscar, para percorrer a Vandoma à procura de vinis a bom preço.
 
Este era o tempo do vinil, depois seguiu-se o tempo do CD e, por último, a música deixou de ser a mesma coisa... Hoje, tudo se tenta refazer mas nada se faz como antes (o que foi não volta a ser, por muito que se queira) – neste sentido, recomendo vivamente a leitura de um artigo, do último domingo, do inconformado Miguel Esteves Cardoso - Público.
Uma noite destas em casa do Rui Salazar, em conversa com o Óscar, partilhamos momentos de especial saudade e robusteci a ideia de que a música é, sem dúvida, um dos maiores prazeres que a vida me tem dado. Sem ligar tanto ao que é novidade, nesta panóplia sonora que temos nos nossos dias, e sem sair de casa.

É certo que hoje saborear novidades não é mesma coisa, basta um click e tudo nos aparece, já não é necessário esperar pela próxima edição do Blitz ou estar até às tantas da manhã para ouvir a hora do lobo do António Sérgio ou a aguardar pelos conselhos do Álvaro Costa e porque não esperar que a Xana e o Zé Pedro (Vira o Video? - RTP) nos apresentassem novos projectos e novas bandas, uma época em que o Grunge (Som de Seattle) ganhava forma e a flanela era doce como algodão. Era um programa que tinha o seu top 10 de video clips e a apresentação das novas tendências da altura. Foi neste tempo que tomei conhecimento de muitas das bandas que ainda nos dias de hoje fazem parte das minhas preferências sonoras.
Por isso decidi, elaborar uma pequena play list de 25 músicas que, de uma forma ou de outra, marcaram parte da minha adolescência, juventude e o início de vida a(brupta)dulta… esta preferência, tem uma exclusividade de momentos!

A play list tem como inconveniente ser uma lista pouco alternativa (como gosto) e ter muito de pop. Antes que seja tarde, as minhas sinceras desculpas a tantas senhoras que foram omitidas por lapso e, do que seria da música sem o 6º sentido… A tantos e tão bons ou melhores, sorry…
A ordem desta lista é aleatória, sem que as variáveis do tempo, tendências, sejam escrupulosamente respeitadas.

1 - U2 – “the fly”. Para muitos críticos o álbum “Achtung Baby ”, foi o inicio de um novo ciclo da banda Irlandesa, há quem diga que foi o inicio do pop e o fim de uma banda alternativa. No entanto, este foi o segundo álbum (vinil) que comprei com os meus 15 anos, deliciei-me como nunca e aprendi a voar como uma mosca, qualquer música deste álbum teria uma história para contar. Vi-os três vezes ao vivo, mas o 1º concerto deles em Alvalade ficará para sempre…

http://www.youtube.com/watch?v=_82IYrdM2vU

2- James – “born of frustration” .Foi o meu terceiro álbum “Seven”, ouvi vezes sem conta e todas as músicas eram momento de êxtase em qualquer discoteca da altura. Um concerto imperdível, patrocinado pela Rádio Energia em Coimbra, marcaram um dos lados mais popeiros da minha juventude, adorava a performance em palco do vocalista (Tim Booth). Não sei se este tema nasceu de alguma frustração, mas que me fazia dançar como um tolo...fazia!

http://www.youtube.com/watch?v=QxM42rG0a08

3- Jorge Palma – “à espera do fim” do álbum Só. Este álbum foi editado em 1991, mas só em 1993, tive acesso a desfruta-lo. Antes tinha aprendido a gostar de Jorge Palma, através da minha tia Graça, ainda muito miúdo, achei que este gajo era diferente, tão diferente que anos mais tarde me ajudou amadurecer enquanto pessoa. Ouvi este tema em viagens, no quarto, no café, em tantos sítios, até chegamos a cantar em pleno Académico (Carlos Miguel, Marisa e com a Xana) enquanto o resto da malta tinham ido ver John Zorn ao Teatro Gil Vicente. Esta música tem uma carga ideológica que me pôs a pensar! E desde aqui, tudo foi diferente. Jorge Palma, infelizmente, não foi consistente, vi nele um lado fantástico, mas também um lado degradado no álcool. Bons Concertos (Aula Magna, Coliseu, Casino de Lx e outros)- Maus Concertos (Arrais do Académico, Semanas Académicas por este país…). Pelo meio, falei com ele duas vezes e partilhei a minha admiração.

http://www.youtube.com/watch?v=qfo29wSakIU

4- The Cure – “lullaby”. Foi das primeiras músicas que ouvi dos The Cure, ainda no tempo das jukeboxes (salão de Jogos – Maria Helena) e, desde aí, aprendi a gostar de Robert Smith. Este tema é intemporal à semelhança de “friday im in love” que dancei muitas vezes na discoteca States em Coimbra ou no Incógnito em Lisboa.

http://www.youtube.com/watch?v=ijxk-fgcg7c

5- David Bowie – “space oddity”. David Bowie é provavelmente o maior ícone musical (vivo) das últimas décadas. O camaleão do rock, com uma adaptabilidade fácil aos novos tempos, como prova o seu recente álbum (the next day). Destaco este tema, porque sempre que o ouço, parece que é a primeira vez. 

http://www.youtube.com/watch?v=cYMCLz5PQVw

6- Lou Reed – “walk on the wild side”. Este tema faz-me lembrar o tempo em que se dançava na Broadway, de forma colectiva (5 passos para a frente, 5 passos para trás). Será impossível dissociar LouReed aos Velvet Underground, uma referência para a eternidade.

http://www.youtube.com/watch?v=WZ88oTITMoM

7- Iggy Pop – “beside you”. O lado rebelde e um concerto memorável em 1994 (Coimbra). Escolhi este tema porque marca um Verão intensamente forte e cheio de emoções (1994). O seu início de carreira através da sua passagem pelos Stooges, não é o lado que mais aprecio. Candy, passenger, real wild child, lust fo life, entre tantos outros temas ficaram para sempre nas minhas memórias musicais, associado a um dos filmes da minha vida (Trainspotting).

http://www.youtube.com/watch?v=RrpS_H2FZC0

8- Nick Cave and Bad Seeds – “straight to you”. Infelizmente nunca vi ao vivo Nick Cave, duas vezes que tentei ver, mas sem sucesso. Cresci com Nick Cave e foi dos (poucos) ídolos que tive na minha juventude. Por vezes, vestia-me de acordo com o estilo de Nick Cave. 

http://www.youtube.com/watch?v=CYbOHXMtelU

9- Peter Murphy – “cuts you up”. A música deste senhor estará sempre associada à influência da sua passagem pelos Bauhaus. O meu inglês foi sempre muito mau e não esqueço que ouvia este tema sem ter a noção da sua letra, mas como era tão bom, nunca me importei com isso. Há um projecto/banda associada a esta rapaziada que não posso deixar de mencionar (Love and Rockets).

http://www.youtube.com/watch?v=UrfFHzqGBZI

10- Pearl Jam – “jeremy”. A fase pura e dura do grunge. O garruço, o cabelo comprido, as camisas de flanela… eram acessórios necessários para nos identificarmos com uma geração rebelde e o sonho de poder um dia viver em Seattle. “Single”, foi um filme que não esqueço, pois identifica um estilo próprio de vida, de quem queria ser independente e livre de preconceitos. Recordo-me de ir à Almedina e comprar este álbum (Ten) para o Tó Sampaio, escutei-o umas poucas de vezes, antes de o entregar ao seu destinatário. Estávamos no início de uma grande época de novas sonoridades. Uns anos mais tarde presenciei um grande concerto deles no Pavilhão Atlântico. Com todo o respeito aos Nirvana, DinosaurJr., entre outros Pearl Jam são a referência.

http://www.youtube.com/watch?v=MS91knuzoOA

11- Mão Morta – “em directo para a televisão”. A minha banda portuguesa. Uma enorme admiração por Adolfo Luxuria Canibal. Assisti, sempre a bons concertos, até na Mêda. Em directo para a televisão é um tema que me inspira folia e rebeldia.

http://www.youtube.com/watch?v=JZIOOP8lgMA

12- Young Gods – “gasoline man”. Porque na Suiça também se faz boa música. Um país que não vive apenas de contas bancárias… Grande concerto em Coimbra e passadas quase duas décadas no TMGuarda. Gasoline man foi o primeiro tema que conheci deles e desde aí foi sempre uma enorme satisfação.

http://www.youtube.com/watch?v=YxWLVRlGa10

13- Tindersticks– “can we start again”. A consistência de uma banda que me educou musicalmente. Este tema é certamente o tema mais vezes ouvido no meu carro. Grandiosidade destes britânicos de Nottingham. Entre a melancolia e uma beleza impar, este tema serviu para resolver amores e desamores durante longos períodos de instabilidade sentimental. Registo para um grande concerto no TMGuarda em 2010.

http://www.youtube.com/watch?v=WQZQ4WU3As0

14- Marianne Faithfull – “alabama song”. A grande Senhora. Palavras para quê. Interpreta como ninguém. Alabama song, já foi cantado por muita gente, mas ninguém como ela. Ouvir…

http://www.youtube.com/watch?v=9T59ej_TlXE

15- Portishead –“glory box”. Portishead marcam um momento particular difícil da minha vida, conheci através do Dino. Começou por uma sugestão musical que desencadeou momentos de alguma melancolia, mas também de grande introspeção. Este tema marca uma época de luto (morte do meu pai) e que me despertou para conhecer outras bandas de Bristol. Recordo-me como se tornou contagiante ouvir Portishead no JDM café. Toda a malta me pedia emprestado o CD para gravarem.Anos mais tarde estive em Bristol mas as tendências já eram outras…

http://www.youtube.com/watch?v=yF-GvT8Clnk

16- Zeca Afonso – “índios da meia praia”. Para Sempre… Zeca é único, as suas letras, a sua musicalidade, a sua intervenção. Quem não gosta de Zeca, não gosta de música. Uma singularidade da música portuguesa (intervenção) e este, é um dos muitos belos temas da sua vasta discografia. Recordo-me da sua morte e da manifestação de solidariedade que se desencadeou por todo o país. Bons tempos do 1910, Diligências bar em Coimbra, sítios onde se recordava Zeca com muita saudade.

http://www.youtube.com/watch?v=J7ntDFAF1AE

17- Fausto – “navegar navegar”. Por este rio acima é dos discos que mais ouvi e que mais saboreei. Fausto, Pedro Barroso e José Mario Branco são parte do genoma musical que melhor se fez em Portugal. Tive o privilégio de os ouvir e de adorar. Navegar, navegar é das músicas que melhor personificam a história do nosso país.

http://www.youtube.com/watch?v=QbT2sdsRbjw

18- Sérgio Godinho – “namoro”. Belas letras e um belo intérprete. Este tema, não é da sua autoria, mas é sem dúvida uma bela interpretação. As três vezes que assisti Godinho ao vivo foram em espaço aberto, gostava de um dia assistir a um concerto em espaço fechado para saborear a intimidade das suas músicas.

http://www.youtube.com/watch?v=ohtCKeNuiI8

19- Pixies – “where is my mind”. Provavelmente a melhor banda de rock alternativo. Admiro o trabalho a solo de Frank Black, mas Pixies são Pixies (ponto)! Este tema fala por si, tantas vezes que perguntamos: “Onde está a minha mente?”. Um tema que se ouvia frequentemente na Jukebox ou no Incógnito em LX (um lugar de muito bom gosto e de muitas noites que o diga o Dartagnan).

http://www.youtube.com/watch?v=5iC0YXspJRM

20- Violent Femmes – “add it up”. Recordar os melhores verões na Mêda é ouvir Violent Femmes. Ao som deles, apanhei grandes bebedeiras e grandes noitadas. Ambrósios Bar sem Violent Femmes é uma espécie de mar sem ondas.

http://www.youtube.com/watch?v=QHapDS2fcFE

21- The Smiths – “what difference does it make?”.Dissociar Morrissey aos Smiths é tarefa impossível, uma vez que a sua carreira a solo fala por si. Recordo-me dos tempos em que via os seus fãs usarem flores nos bolsos de trás das calças, nunca tive essa tentação mas reconheço que ainda pensei em usar.

http://www.youtube.com/watch?v=Uzp5ocWvzck

22- Múm – “green grassof tunnel”. Múm e Sigur Rós são bandas que personificam que é possível fazer boa música sem que se percebam as letras das próprias músicas. Conheci múm, quando estava por Lisboa, numa altura em que me deram a conhecer muitas sonoridades e bandas de grande talento, mas entre elas, Múm despertou todo o interesse. Este e outros temas relaxantes faziam cortar o stress lisboeta e equilibrar a mente.

http://www.youtube.com/watch?v=oHTFmJk7fH0

23- Joy Division – “love will tear us apart”.  Será que podia viver sem Joy Division? Poder podia, mas certamente que não seria a mesma coisa! Tema obrigatório em sessões que fui requisitado para DJ. O filme “Control” marca uma fase de inconstância e de particular dificuldade da minha vida. Um outro tema marcante é o “atmosphere”, tema que muitas vezes encerrava as sessões do States.

http://www.youtube.com/watch?v=qHYOXyy1ToI

24– Fujiya and Miyagi – “ankle injuries”. Este tema marca um verão complicado, mas de grande mudança (2006).

http://www.youtube.com/watch?v=N5XVeENmLMk

25– Nouvelle Vague – “dance with me”. Será impossível escolher qual o tema que melhor define “como tudo começou, com a Joana…”, mas foi ao som dos Nouvelle Vague que conheci a mulher da minha vida e mãe da minha filha. Desculpem mas este álbum tem muito de pessoal e não posso extravasar o super-ego. 

http://www.youtube.com/watch?v=KitcvxK9bzU

Ena Pá (2000), então não é que me esqueci dos SexPistols, do Brian Ferry e de mais Galaxie (500)… Ai que SaUdaEDE dos SonicYouth.

PS -Toda esta ideia surgiu depois de escutar a play list do ex líder da JSD na TSF (sinceramente que grande minimidade sonora do moço, que pobreza).

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

TROIKA-ME DE GOVERNO!

Torna-se mais do que evidente que a troika tem servido de desculpa para todas as acções e medidas deste (des)governo. A troika troikou-nos, de forma a que ninguém se interrogue sobre a impreparação e falta de estratégia de Passos e Gaspar na defesa do interesse nacional!

Porém, continuo a pensar que não é apenas a impreparação e  incompetência deste governo que nos levaram ao CAOS. O que sucedeu foi resultado do somatório de umas tantas coisas: uma agenda ultra-liberal, que outorga num modelo empírico e de experimentalismo do sr. Gaspar, tendo como recompensa o seu assento, dentro de meses, no BCE ou mesmo no FMI; acrescida das más escolhas ministeriais e de um primeiro-ministro que não sabia, não sabe e não saberá defender o supremo interesse nacional, e que se agacha perante os lideres europeus e apenas se preocupa em privatizar e desmantelar o estado social, como forma de ganhar o seu sustento vitalício e dos seus amigos (Relvas e Companhia)…

Mais se foi a troika que nos levou aqui…então é altura de perguntar aos portugueses, se já leram o memorando da troika? Aquele assinado por Portugal em Maio de 2011. Para quem não leu e tem interesse em fazê-lo, deixo o link para que consultem e meditem sobre as 35 páginas do documento que tem servido de justificação para todo o (des)governo deste governo.

Depois de uma leitura atenta pergunto onde está escrito no "memorando de entendimento" que em 2013 o IRS tem de subir 30 por cento, em média, para custear a incompetência e a imbecilidade deste governo? Onde consta que se deve lançar uma sobretaxa de subsídio de Natal a todos os portugueses (decidida e executada em 2011)? Onde está o corte nos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas? E uma reforma administrativa do poder local, sem que sejam consideradas as vontades das próprias populações e seja executada uma regionalização, através de uns organismos que ninguém sabe quais as próprias competências e cuja única certeza é que irão servir de sorvedouro para os amigos que não podem ser candidatos aos municípios pela limitação de mandatos? E a história mais ridícula e imbecil de alteração das contribuições para a TSU? Onde está escrito a alteração das taxas e nos escalões do IRS, incluindo a nova sobretaxa (anunciados no Orçamento para este ano).

Façam o exercício de tentar descobrir onde estão escritas estas nefastas medidas e verão que não constam em lado nenhum, ao contrário das tagarelas palavras que este governo diz constar no memorando.

Este governo insiste no erro e no disparate de encontrar as piores soluções, basta recordar a subida do IVA em vários sectores, nomeadamente na restauração, o que ganhou com esta medida? Lançam taxas e sobretaxas, retiram subsídios e o governo expande a crise económica.  Com estas medidas alcançam a retração e o descontentamento social, as pessoas deixam de consumir e a economia estanca, em contraste com a taxa de desemprego que não para de subir. A receita fiscal cai abruptamente e o deficit dispara sem qualquer controlo das previsões gasparianas.

Este governo mente e não adianta troikar-se em falsas remições, pois em nenhuma linha do memorando estava escrito que tínhamos que optar por este caminho, para este ano que ainda agora principiou temos mais do mesmo:  aumento da luz, água, luz, transportes, impostos, portagens, IMI, ICV´s e tantos vês que não se vê uma luz de esperança…

Tudo irá subir exponencialmente, até a contestação social. Os portugueses não têm alternativa para 2013 por isso, há que troikar de governo!

Para ler e consultar o memorando, vá a:


E verificará como este governo mente aos portugueses!