terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Ora aí estão eles…40!


Ora aí estão eles…40! Uma data rechonchuda que mistura o saber à nostalgia.

Enfrentar os 40 anos parece para alguns não ser tarefa fácil, abundam os clichés e as redundâncias quando se fala na entrada nos “entas” fazendo, de certo modo, temer este novo ciclo da vida.

Eu pessoalmente, há muito que encarnei o provérbio chinês: “ a juventude não é um ciclo da vida, mas sim um estado de espírito ”, mas olhando para o atrás debruço-me sobre o que foram estas 4 décadas de vida.

Foram anos bons, outros menos bons e, até houve pelo meio, anos maus. Mas aprendi que a vida é assim mesmo, entre a vertigem de se viver o limite com a paciência de acalmar o nosso quotidiano. Nesta mescla da vida há tudo o que é comum ao ser humano e como não sou excepção, vivenciei alegrias, tristezas, sucessos, insucessos, ilusões, decepções…

A vida foi assim ao longo destes 40 anos. Aprendizagens, autonomias, responsabilidades, emancipações fizeram parte do processo de desenvolvimento… Mais tarde aprendi no meio dos vários saberes e com a visão de Vygotsky, que não há aprendizagem sem desenvolvimento! 
Viver livre desde os 15 anos, altura em que fui estudar para Coimbra fizeram-me ser assim, fui rebelde e criei a minha forma própria de olhar o mundo e as coisas. Depois foi Aveiro, Lisboa, Belmonte, novamente Lisboa, a Guarda e o regresso à terra Natal. Quanto ao futuro? Há desafios para ponderar…

Estes anos serviram de amadurecimento humano, neste percurso houve encontros e desencontros e pelo meio apareceu gente que espero não ter que lidar mais… mas também muitos que partiram precocemente e que sinto saudade. A morte do meu pai e do meu avô Joaquim marcaram a crueldade da vida, a frieza de saber que não somos donos de nada, que não comandamos nada e Deus também leva os que mais amamos.

O Presente, é auspicioso pois tenho uma nova família ou como costumo dizer as minhas novas Marias. Com elas cresci o suficiente, para saber que tudo é diferente e que a vida é demasiadamente maravilhosa.
Há também a restante família e os Amigos, porque são muitos, para eles, Um OBRIGADO do tamanho do MUNDO.  

Antes de concluir, a pergunta do quarentão: O que seria da vida sem inimigos? Provavelmente seria 
insípida! A minha bisavó Maria, dizia que não há nenhum Homem que preste se não tiver inimigos! Eu acrescento, que as criticas deles são grandes elogios e os assobios são palmas de grande aclamação. Também para eles o meu Bem-haja!

Termino como comecei, ora aí estão os 40!Por isso, venham mais e dos bons!


PS – Aqui fica o meu reconhecimento, de que tudo isto só foi possível graças ao esforço dos meus pais. Agradeço as oportunidades que tive em poder viver o que vivi… e quase sempre à minha maneira!