segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Moção apresentada pelo PS Mêda na Assembleia Municipal (28 de Setembro de 2012) - aprovada por unanimidade


-MOÇÃO –
FIM DE ISENÇÃO DE PORTAGENS DAS SCUT`S (A23 E A25)

 Sendo do conhecimento de todos que o Governo tenciona, dentro de dois dias, deixar de isentar portagens, em 10 viagens mensais, aos residentes deste concelho nas SCUT´s - A23 e A25, vimos, com desagrado, apresentar o nosso descontentamento com tal medida.
Foi promessa deste Governo discriminar positivamente o Interior do País e consequentemente os Medenses e, como não podemos aceitar que, face à nossa já periférica posição dentro do Distrito, sejamos ainda mais discriminados pela medida que impõe que não seremos abrangidos pela isenção, que permitiria aos seus habitantes fazerem-se deslocar com menos custos nestas duas vias, apresentamos a nossa posição discordante.

Certo é que o Concelho da Mêda dista a mais de 60Km da cidade da Guarda, é um Concelho com o menor rendimento percapita do Distrito e do País. A esta situação  qual alia-se o facto de não sermos contemplados por uma via estruturante de grandes dimensões, entenda-se Auto-Estrada. Apesar da construção do IP2, este não permite que possamos deslocarmo-nos à sede do Distrito sem custos, uma vez que a concentração de serviços nos obriga a deslocarmo-nos diariamente.
Face a esta conjuntura, somos obrigados acreditar que só poderá ser um engano o facto de quererem que, aqueles que nos 38 anos de Democracia não usufruíram de qualquer tipo de infra-estruturas IP e AE, sejam os que mais irão sofrer com esta medida que discrimina negativamente os mais isolados e mais esquecidos, terão que forçosamente que pagar portagens na A23 e A25, únicos eixos que nos poderão levar ao desenvolvimento.
Porque gostamos de honrar as palavras e os compromissos, porque não aceitamos que, uma vez mais, nos levem ao engano, nunca é de mais lembrar, que estas vias foram criadas com fundos europeus, com o objectivo de potenciar o desenvolvimento deste território, não entendemos esta burla.
Há cerca de um ano foi prometido, por este governo, que ficaríamos a usufruir desta isenção, porque o concelho de Mêda não atinge os indicadores económicos exigidos (60% percapita da média nacional).

Reconhecendo que existem realidades diferentes, entre meios urbanos e rurais, em que o Interior contribui de sobremaneira para o enriquecimento do Litoral, note-se que as suas populações, em especial nas últimas décadas, migraram para o Litoral, provocando um aumento demográfico, habitacional, de emprego, de equipamentos sociais, entre outros. Custa-nos aceitar que esta medida seja discriminatória e não defenda o interesse das nossas populações.

O nosso concelho vive de uma realidade rural e de uma população muito envelhecida, necessitando diariamente de atenção, de igualdade e de ajuda, de modo a que estas pessoas possam viver com melhor conforto e na igualdade de direitos de um país democrático.

Pelo exposto, pedimos que estas razões vos possam sensibilizar e demover desta discriminação claramente negativa para com aqueles que mais isolados estão e que mais sofrem de subdesenvolvimento.

O Concelho de Mêda, neste último ano, foi o concelho do Distrito da Guarda que mais serviços viu extintos, note-se o encerramento do SAP, a proposta de encerramento do Tribunal e do Heliporto, ao qual se acrescenta a introdução de portagens na A23 e A25 e a hipotética manutenção do serviço de Finanças.

Por um Portugal igualitário nas oportunidades os Medenses entendem, por esta forma, que o fim da isenção das portagens na A23 e A25 em nada contribui para o bem-estar dos nossos munícipes, mas sim para o seu isolamento e esquecimento...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Grande imbróglio tem o Partido Socialista nas suas mãos.

Grande imbróglio tem o Partido Socialista nas suas mãos, depois do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista anunciarem apresentação de uma Moção de Censura.
 
 
Hipótese A - Se vota a favor é feita a seguinte leitura - o PS é um partido irresponsável, que quer o poder a todo custo, que segue a reboque da esquerda também esta irresponsável. Não tem palavra, uma vez que disse que não aprovava uma moção de censura se o governo recuasse com a TSU. Este recuou e agora aprova uma moção de censura?

Hipótese B- Abstenção - prova que o PS quer passar entre os pingos da chuva sem se molhar. Irresponsáveis, não tomam decisão, mostrando que não quer saber do país. Delega o palco político para os partidos à sua esquerda, deixando que o descontentamento dos cidadãos para com este governo seja capitalizado pelo BE e pela CDU;
 
 
Hipótese C – Vota contra a moção de censura – o Partido Socialista está amarrado aos partidos que sustentam o Governo - “é tudo igual, PS, PSD e PP”. O PS ficaria ao lado destas políticas do governo e dificilmente, nos próximos tempos, se descolaria do governo. Passaria a ser conivente com todo o mau estar do país. O PS deixa de ter coerência e clarividência com tudo aquilo que tem vindo a dizer! E mostra que não está disponível para fazer pontes com os partidos à sua esquerda.
Em suma, qualquer das soluções a ser aplicada serão de difícil gestão, e será também difícil que o PS não fique “chamuscado”. Mas há alguns aspectos a considerar e que convêm lembrar:
A esquerda (BE e CDU), há pouco mais de um ano, juntou-se à direita para derrubar um governo socialista. Se hoje estamos pior, é bom recordar que a responsabilidade é também destes dois partidos.
Neste momento, Passos Coelho, além de não ter estratégia/rumo para o país não tem mão no governo/coligação, no entanto esta moção pode servir de balão de oxigénio e possibilitar, por mais algum tempo, a permanência deste governo em puro desvanecimento. (vitimização). Lembram-se do que o Sr. Passos Coelho disse sobre o PEC IV, quando Sócrates foi negociar com a Sr.ª Merkel sem passar cavaco ao maior partido da oposição...
Por falar em Passos Coelho, este rapaz não aprende, pelo parece continua a pedir ao Sr. Aníbal que o mande embora. Então vai fechar acordos a Bruxelas – com medidas de substituição à TSU - e não diz nada ao principal partido da oposição, nem aos parceiros sociais. E agora, quer uma concertação social?
Convém lembrar que, face a todo este “carnaval político”, é Paulo Portas, neste momento, o homem mais poderoso do país. O futuro “próximo” da política portuguesa está nas suas mãos e tudo depende da sua vontade, uma vez que ele tem o poder de decidir até quando perdurará esta coligação.
Por último, não entendo esta posição conjunta do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista, ficando condicionados até ao final do próximo verão, já que não poderão subscrever mais nenhuma moção de censura, uma vez que por ano de legislatura só se pode apresentar uma única moção.
Pergunto: Para quê, esta moção conjunta? Estoirar “cartuchos” desta maneira... e, uma vez mais, o PS condicionado...

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Voto de Pesar - Sr. Toneca

Foi apresentado um Voto de Pesar, pelo falecimento do Sr. Toneca, pela Bancada do Partido Socialista de Mêda na última Assembleia Municipal (28 de Setembro de 2012).

-VOTO DE PESAR-

No passado dia 30 de Agosto faleceu o Sr. António Augusto Lourenço Júnior,  nascido a 5 de Maio de 1926, tendo portanto 86 anos de idade.  Mais conhecido por Senhor Toneca.

Foi um homem dedicado a causas e participou activamente no seio recreativo, desportivo e cultural do nosso concelho.

Na sua juventude vestiu as cores do Sporting Clube de Mêda, mas foi o gosto pela música que o fazia estar sempre disponível em diversas actividades culturais, uma destreza invulgar na forma como tocava com o seu violino, com o arco fazia efervescer melodias que encantavam plateias e que jamais serão esquecidas.

Foi um dos fundadores do Rancho Folclórico e Recreativo da Mêda, onde a sua presença era constante e de grande dedicação.

Esteve na Junta de Freguesia de Mêda de 1979 a 1993. Na sua presidência trabalhou em prol do bem comum, garantindo melhores condições ao mundo rural, compondo caminhos para que as acessibilidades fossem de melhor acesso aos campos agrícolas.

O Partido Socialista de Mêda não esquece a sua militância e, por isso, a sua passagem ficará sempre guardada nas nossas memórias.

Termino com uma expressão pessoal, que repetia vezes sem conta, aos colegas do Rancho Folclórico da Mêda: “Não me deixem morrer..”

A Assembleia Municipal de Meda manifesta o seu mais profundo pesar pela morte do Sr. António Augusto Lourenço Júnior e apresenta à família as mais sentidas condolências.

Em honra à sua memória, proponho que este órgão guarde um minuto de silêncio, perpetuando a referência do Senhor António Augusto Lourenço Júnior nesta cidade e neste concelho.

Mêda, 28 de Setembro de 2012