quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Fim do Verão



Alguma leitura deste Verão, deixou-me confuso...
No entanto,

Deixo a promessa de regressar, dentro de dias....na incerteza, de continuar ou não, com a mesma melodia.....

terça-feira, 31 de julho de 2007

Orphicus...porquê...

Orphicus – Searching for the right melody

Com alguma mitologia presente neste espaço; todos os silêncios servirão de oráculo e à posteriori reflexão sobre a vida mundana que assistimos impotentes com sibilos cúmplices de pacto com outro lado nefasto da corte.
Orphicus será nada mais do que a sumptuosidade de Orpheu dos tempos modernos, galopando por sítios empedrados de vontades embriagadas, com melodias, que certamente nos irão encantar, com o sublime perfume de contagiar a assiduidade de todos nós.
Para quem desconhece Orpheu deixo uma breve sinopse, que servirá de introdução a este blogue…

“A música era um privilegiado, de entrar em contacto com os deuses. Acreditava-se mesmo que eles eram os inventores da música, como confirmam uma série de mitos, como o de Hermes, na mitologia grega, que, partindo em busca das vacas de Apolo, encontra uma corajosa tartaruga que caminha ao seu encontro. Ele tem uma ideia e diz à tartaruga: “Não serei como aqueles que só têm desprezo por ti. Vou extrair qualquer coisa de ti, de maneira a que, mesmo morta, ainda possas cantar!” Sem deixar sequer que ela solte um protesto, Apolo mata-a, vira-a do avesso, esvazia-a, corta algumas canas que fixa na carapaça, estende por baixo uma tira de pele de boi, arranja algumas tripas de cabra, sete, que transforma em cordas: do silêncio daquela carapaça saíram sons, a lira tinha nascido.
Orpheu aperfeiçoará este instrumento, que se tornará a cítara, acrescentando duas cordas suplementares. Com os seus dedos, o instrumento adquire o poder mágico de encantar todas as criaturas, transformando-as em animais ferozes, em plantas que se inclinam à sua passagem, em pedras que estremecem ao escutá-lo. Durante a expedição dos Argonautas ele acalma mesmo, graças ao canto, as vagas imparáveis de uma tempestade, seduz as temíveis Sereias, impondo a sua música à delas…”


Poderia continuar a descortinar outras passagens de cumplicidade com a sua amada Eurídice, ou/e focar histórias e personagens, que alteraram o seu instinto/comportamento, tais como:

- O cão Tântalo que não mordeu Orpheu;
- Sisífo, o mudo, que deixa de empurrar o seu rochedo;
- Danaídas, deixam de tirar água;
- Hades e Perséfone que emudecem;

Em suma, que uma bela melodia, só será mesmo eloquente, se não ocorrer uma nota em falso, já que, o silêncio, poderá ser fatal, tal como aconteceu a Orpheu….fugiu para sempre só.

Deixo a Sugestão de Marc de Smedt – “Elogio do Silêncio” (pág.58)

Não sei muito bem, no que isto vai dar, enfim….nada melhor do que iniciar uma caminhada com a sensação de Caos…

sábado, 28 de julho de 2007

Autopsicografia

Hoje recordei Pessoa, não sei o porquê...mas tive essa necessidade...aqui fica um dos muitos poemas, que considero peculiar...


Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.


Fernando Pessoa, Cancioneiro.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Contra o medo, liberdade...

Ainda não estão seleccionados os textos a publicar neste blogue...por isso vamos ter que aguardar, porém, vou deixar um comentário acerca dos arautos do dia; com a histeria Alegrista que proporcionou um alvoroço nesta latrina...contra o medo, liberdade...

Camarada, a mim também ninguém me cala...

apesar de ter que viver numa sociedade de trabalho precário e fazer parte de uma Geração Verde...sim verde...não um verde de esperança, mas sim um verde de recibos...contudo não fico calado...certamente que quando tiver a idade do caro camarada...seguramente não terei as garantias e as prorrogativas que o Poeta sem Medo tem…Aprendi consigo que a Liberdade é um direito, mas também um dever…não entendo, que o seu dever de deputado e perpetuo deputado, faça de si, o deputado mais faltoso da Assembleia da Republica….não cito Cesariny, mas sim, a voz de muitos portugueses que no seu anonimato dizem: "Não atires pedras se tens telhados de vidro ou então não cuspas para o prato onde comeste".

Ai..ai...Alegre...alegre...

quinta-feira, 14 de junho de 2007