terça-feira, 25 de novembro de 2025

25 de novembro de 1975

Como socialista, e honrando a história com a verdade, o 25 de Novembro de 1975 é nosso! Foi uma vitória dos moderados sobre a extrema-esquerda. Contudo, em nada ofusca ou substitui a Revolução de Abril. O que acabou por ser determinante no PREC não foi o 25 de Novembro de 1975, mas sim, meses antes, o 19 de Junho: o Grande Comício da Alameda, na Fonte Luminosa, liderado pelo grande democrata socialista Mário Soares.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Os serviços de saúde da Mêda estão doentes, quase em coma profundo…

Os serviços de saúde da Mêda estão doentes, quase em coma profundo… No concelho da Mêda, os serviços de saúde estão tão doentes que já nem há esperança de recuperação. Estão em coma, sem direito a visitas ou sequer a um estetoscópio de consolo. O SAC (Serviço de Apoio Complementar) vive em intermitência, ora tem médico, ora não tem, ora fecha sem aviso. Dias inteiros passam sem que a população tenha acesso a cuidados básicos. Na Mêda, até a dor precisa de marcação prévia. Dores de cabeça? Só com agendamento. Escoriações? Que sejam fora do horário laboral, por favor. De vez em quando, surge um letreiro milagroso: “Hoje pode estar doente entre as 20h00 e as 24h00.” Que sorte! As restantes horas do dia estão reservadas à espera, aguarde por uma vaga na USF “Mimar a Mêda”, onde os “mimos” dados à população se resumem a: “Apanhe o táxi e vá a Vila Nova de Foz Côa… ou então aproveite a boleia e vá direto ao Hospital da Guarda.” Parece uma anedota, mas é a realidade. E como a realidade é nua e fria, com um inverno que se aproxima, num concelho envelhecido, o acesso à saúde tornou-se uma miragem, uma afronta à própria Constituição. A Mêda está doente. E o pior é que não há cuidados de saúde que a curem. O governo, longe do Interior, continua de costas voltadas para quem aqui resiste. Ao poder local, que vive numa constante letargia, caberá despertar e de preferência antes que o diagnóstico seja terminal. À Administração da ULS da Guarda resta cumprir o mínimo: gerir, decidir e mudar o rumo. Este texto não foi escrito numa ala psiquiátrica, mas qualquer semelhança com delírios, infelizmente, é pura realidade.

domingo, 9 de novembro de 2025

9 de novembro de 1989

No dia 9 de novembro de 1989, há precisamente 36 anos atrás, comemorávamos a queda do muro de Berlim, provavelmente um dos maiores marcos da história contemporânea, era a queda da Cortina de Ferro e também o início da queda do comunismo na Europa Oriental e Central. O mundo enchia-se de esperança e de oportunidades, parecia renascer uma nova ordem para a humanidade, cheia de PAZ... A queda do Muro de Berlim foi símbolo de liberdade e de muita esperança. Contudo, décadas depois, o planeta segue dividido por novas fronteiras, físicas e morais. Ainda há muros por derrubar e o mundo continua perigoso, a erguer outras barreiras. De Kiev a Myanmar, de Gaza ao Sudão tantos muros por derrubar, tantas armas por silenciar e tantos direitos por conquistar! Celebremos este dia como um símbolo de paz, diálogo e união entre os povos. Que nos inspire a derrubar os muros invisíveis; o do preconceito, da intolerância e da indiferença! Nesse dia tinha 14 anos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Feriado Municipal

Saúdo a possibilidade de alteração do feriado municipal da Mêda. Esta mudança não tem amarras históricas ou culturais que possam suscitar grande turbulência na população. Há alguns anos, o amigo Paulo Lourenço, historiador e nosso conterrâneo, fez uma palestra elucidativa sobre o motivo de este feriado se comemorar no dia 11 de novembro. Ao longo dos últimos anos, nas Assembleias Municipais da Mêda, tenho defendido que as feiras económicas e outras atividades não devem coincidir com o feriado municipal, uma vez que este recai numa altura do ano gélida (inverno), o que acarreta custos acrescidos e reduz a participação nessas mesmas atividades. Porém, é de estranhar que ninguém tenha ainda comentado que esta proposta de alteração do feriado foi apresentada há oito anos, pelo Dr. João Jorge Lourenço, então Presidente da Assembleia Municipal, e que foi vetada pela oposição da altura, curiosamente os mesmos que agora saúdam tal proposta. Como diz o povo: “só os burros é que não mudam”… e para alguns, já não interessa o que dissemos no passado! O eleito local que tem memória.