segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Ora aí estão eles…40!
Ora aí estão eles…40! Uma data
rechonchuda que mistura o saber à nostalgia.
Enfrentar os 40 anos parece para
alguns não ser tarefa fácil, abundam os clichés e as redundâncias quando se
fala na entrada nos “entas” fazendo, de certo modo, temer este novo ciclo da
vida.
Eu pessoalmente, há muito que
encarnei o provérbio chinês: “ a juventude não é um ciclo da vida, mas sim um
estado de espírito ”, mas olhando para o atrás debruço-me sobre o que foram
estas 4 décadas de vida.
Foram anos bons, outros menos
bons e, até houve pelo meio, anos maus. Mas aprendi que a vida é assim mesmo,
entre a vertigem de se viver o limite com a paciência de acalmar o nosso
quotidiano. Nesta mescla da vida há tudo o que é comum ao ser humano e como não
sou excepção, vivenciei alegrias, tristezas, sucessos, insucessos, ilusões,
decepções…
A vida foi assim ao longo destes
40 anos. Aprendizagens, autonomias, responsabilidades, emancipações fizeram
parte do processo de desenvolvimento… Mais tarde aprendi no meio dos vários
saberes e com a visão de Vygotsky, que não há aprendizagem sem
desenvolvimento!
Viver livre desde os 15 anos,
altura em que fui estudar para Coimbra fizeram-me ser assim, fui rebelde e criei
a minha forma própria de olhar o mundo e as coisas. Depois foi Aveiro, Lisboa,
Belmonte, novamente Lisboa, a Guarda e o regresso à terra Natal. Quanto ao
futuro? Há desafios para ponderar…
Estes anos serviram de amadurecimento
humano, neste percurso houve encontros e desencontros e pelo meio apareceu
gente que espero não ter que lidar mais… mas também muitos que partiram
precocemente e que sinto saudade. A morte do meu pai e do meu avô Joaquim
marcaram a crueldade da vida, a frieza de saber que não somos donos de nada,
que não comandamos nada e Deus também leva os que mais amamos.
O Presente, é auspicioso pois tenho
uma nova família ou como costumo dizer as minhas novas Marias. Com elas cresci
o suficiente, para saber que tudo é diferente e que a vida é demasiadamente
maravilhosa.
Há também a restante família e os
Amigos, porque são muitos, para eles, Um OBRIGADO do tamanho do MUNDO.
Antes de concluir, a pergunta do
quarentão: O que seria da vida sem inimigos? Provavelmente seria
insípida! A
minha bisavó Maria, dizia que não há nenhum Homem que preste se não tiver
inimigos! Eu acrescento, que as criticas deles são grandes elogios e os
assobios são palmas de grande aclamação. Também para eles o meu Bem-haja!
Termino como comecei, ora aí
estão os 40!Por isso, venham mais e dos bons!
PS – Aqui fica o meu reconhecimento, de que
tudo isto só foi possível graças ao esforço dos meus pais. Agradeço as
oportunidades que tive em poder viver o que vivi… e quase sempre à minha
maneira!
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