Alto Morro, Castelo de Agosto ao luaragitação de folhas de pedra ao vento quente!...Entre sorrateiros redemoinhos e fragas,imponentes e silentes sopros de uma voz,reergue-se um Ser de Cristalino Mistérioembalando uma doce oração de bátegas d'águae de preces benzidas pelos feixes de luz da luao morro alonga-se num sopro leve de ternura...No horizonte profundo se incendeiam jorros íntimosde ícones, de Homens, de pedras, de arbustos,cinzelando histórias e lendas de crepúsculos e derriços!Estas fragas, carrilhões de Catedral, atiçam fogueiras antigas,mas tão presentes..., tão pranhas de sonhos e mitos.Vem o amor na brisa do planalto eternorasgado no meu peito por infinitas brincadeiras...Aqui, em cima deste morro, bailam intensos afectosnas batidas do relógio e os ponteiros tranquilossorriem infantis receios e cristalinas ânsias.Sinto-me feliz no cume deste Morro e oiço o ventotrazer o alegre divertimento deste único luar!...in Um Outeiro de ninguém, Editorial Minerva, 1998
sábado, 21 de maio de 2022
Ó morro do castelo! (Da minha terra)
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