sábado, 12 de novembro de 2011

O mundo mudou, mudou na forma e nos conteúdos a comunicar.

Escrevi estas palavras há algum tempo atrás mas que me parecem actuais, por isso, decidi publicá-las.


A sociedade deixou há muito de valorizar a partilha, a cooperação e a inter-ajuda, tudo isto, entrou em desuso. O individualismo, há muito que se sobrepôs ao colectivismo.
Os sistemas cooperativistas caíram, coincidência ou não parece que tudo ocorreu quando se desfez outro muro ou cortina, fazendo crer que já não existia bem nem mal e que a esperança não era dona de ninguém. O futuro era agora de todos e para todos.

Na educação passamos a utilizar outros “ismos” e os apelos educacionais dos nossos progenitores, tornaram-se confusos, pois:
“Pensa por ti, tens que ser melhor do que os outros... tens que ser o melhor da turma, no futebol, na natação, na música, nos escuteiros, no Cambridge, no Colégio, em tudo que os outros nos colocam, com a premissa: “Tem que ser o melhor, entre os melhores”.
Mas ao Domingo, ou no dia litúrgico, consoante as nossas convicções/obrigações religiosas, e aí, todos nos diziam, mesmo o nosso Deus: “tens que ajudar os que precisam de ajuda, não sejas egoísta... A maior virtude da vida é saber repartir, no fundo é saber partilhar e o mais importante não é ganhar, nem ser o melhor dos melhores, mas sim dar aos outros”.

Discussões teológicas podem levar à inocuidade e nada nos ajudará a explicar a crise que todos vivemos. Ela tem os contornos que queremos equacionar, mas todos passámos em diagnosticar a crise e deixar aos outros para que estes encontrem as soluções dos nossos problemas.
Passámos para os outros a missão de solucionarem os nossos custos, os nossos luxos, os nossos desejos, as nossas vontades, as nossas dívidas, os nossos cartões de crédito, os nossos carros, as nossas casas e, quando entrarem nos nossos carros e nas nossas casas, o que nos irão dizer: “ “.

Foi o noticiário das 8, até amanhã, contamos com a sua companhia.

Enfim, mais ou menos ego(ismos) chegamos onde chegamos, mas como tudo na vida tem solução, excepto a morte, eis que surgiu a esperança, a solução numa única palavra “AUSTERIDADE”. De facto, a austeridade é algo penoso que alterará a qualidade de vida, os gastos, os costumes, as suas rotinas, as vontades...

Para mim o conceito de Austeridade é demasiado perigoso para que possa ser a solução de um perigoso colapso económico e financeiro que o nosso País, a Europa e o Mundo vive.

Talvez, os próximos 5minutos e 35 segundos do Sr. Professor Marck Blyth, nos possa elucidar que a Austeridade é um conceito muito perigoso.

http://www.youtube.com/watch?v=E1Kzp5EVUWg

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