Decidi escrever umas humildes palavras para o fantástico projecto da JS da Guarda sobre o "Interior" do nosso país.
Podem consultar em: http://interiormente.org/
INTERIORdaMENTE
No interior do nosso país está um território esquecido, abandonado e exorbitado!
Foram anos e anos de políticas falhadas, décadas e décadas de más estratégicas e de falta de visão para com o território.
Criaram-se estruturas e mais estruturas, organismos e mais organismos, tutelas sem razão ou sentido.
Olhar para o presente é um acto de coragem, um acto de resistência e inconformismo. As pessoas que vivem no Interior deste País são verdadeiros heróis, Heróis com letra grande, pois o seu território é vasto e a sua história é enorme.
Mas o seu futuro é tristonho, medonho e até mortal. Porém, há imponderáveis que poderão salvar este território, a história encarregar-se-á disso… o estrangulamento do litoral, a asfixia diária destes territórios superpovoadas levará inevitavelmente ao descontrolo, à ruptura do equilíbrio necessário para uma sobrevivência que parece tornar-se, a cada dia que passa, mais difícil para aqueles que vivem nos grandes centros urbanos.
Este estado poderá acidentalmente obrigar à fuga para o interior, na qual os que partem procuram o equilíbrio saudável para uma melhor qualidade de vida. A ocorrer este fenómeno de êxodo urbano, será necessário contrariar as intenções do poder central em desguarnecer o interior deste país.
Assistimos, nos últimos meses, ao esvaziamento e encerramento diário de serviços, ontem os SAP´s dos Centros de Saúde, hoje os Tribunais, amanhã os Serviços de Finanças, para depois de amanhã os CTT, na próxima semana as Escolas e sabe-se lá mais o quê… assim se desmantela um sistema de equidade para com as populações deste território.
O interior está farto de promessas e mais promessas, mais umas eleições e mais um discurso prometedor… passam as eleições e o interior mais interior, mais esquecido, mais ostracizado.
O diagnóstico está há muito tempo feito, sabemos quais as fragilidades e as fraquezas, por isso, só vislumbramos dois caminhos para a salvação deste território. Com efeito, ou de uma vez por todas o poder central se preocupa com o território e incentiva políticas de protecção de capitalização de investimento e serviços para o interior, ou então espera que o tempo se encarregue de trazer o que nos levou – PESSOAS.
As potencialidades deste Interior são imensas, nunca sendo demais relembrar a riqueza do seu inestimável património,a riqueza da sua produção endógena, a riqueza do turismo de natureza e porque não do turismo do silêncio, a riqueza do solo, a riqueza da flora e da fauna, e, até como disse Virgílio Ferreira, este território poderá ser um bom lar para morrer.
Mas tudo isto só poderá ser potencializado se o poder político for sensível, perseverante e firme na implementação de medidas que possibilitem e potenciem a almejada coesão territorial.
É no interior da mente que estão os afectos, os sentimentos, é no interior da mente que está a razão, é no interior da mente que está a lógica…é no interior da mente que estão as nossas potencialidades, para salvarmos o presente, projectando o futuro e recordando o passado!
Foram anos e anos de políticas falhadas, décadas e décadas de más estratégicas e de falta de visão para com o território.
Criaram-se estruturas e mais estruturas, organismos e mais organismos, tutelas sem razão ou sentido.
Olhar para o presente é um acto de coragem, um acto de resistência e inconformismo. As pessoas que vivem no Interior deste País são verdadeiros heróis, Heróis com letra grande, pois o seu território é vasto e a sua história é enorme.
Mas o seu futuro é tristonho, medonho e até mortal. Porém, há imponderáveis que poderão salvar este território, a história encarregar-se-á disso… o estrangulamento do litoral, a asfixia diária destes territórios superpovoadas levará inevitavelmente ao descontrolo, à ruptura do equilíbrio necessário para uma sobrevivência que parece tornar-se, a cada dia que passa, mais difícil para aqueles que vivem nos grandes centros urbanos.
Este estado poderá acidentalmente obrigar à fuga para o interior, na qual os que partem procuram o equilíbrio saudável para uma melhor qualidade de vida. A ocorrer este fenómeno de êxodo urbano, será necessário contrariar as intenções do poder central em desguarnecer o interior deste país.
Assistimos, nos últimos meses, ao esvaziamento e encerramento diário de serviços, ontem os SAP´s dos Centros de Saúde, hoje os Tribunais, amanhã os Serviços de Finanças, para depois de amanhã os CTT, na próxima semana as Escolas e sabe-se lá mais o quê… assim se desmantela um sistema de equidade para com as populações deste território.
O interior está farto de promessas e mais promessas, mais umas eleições e mais um discurso prometedor… passam as eleições e o interior mais interior, mais esquecido, mais ostracizado.
O diagnóstico está há muito tempo feito, sabemos quais as fragilidades e as fraquezas, por isso, só vislumbramos dois caminhos para a salvação deste território. Com efeito, ou de uma vez por todas o poder central se preocupa com o território e incentiva políticas de protecção de capitalização de investimento e serviços para o interior, ou então espera que o tempo se encarregue de trazer o que nos levou – PESSOAS.
As potencialidades deste Interior são imensas, nunca sendo demais relembrar a riqueza do seu inestimável património,a riqueza da sua produção endógena, a riqueza do turismo de natureza e porque não do turismo do silêncio, a riqueza do solo, a riqueza da flora e da fauna, e, até como disse Virgílio Ferreira, este território poderá ser um bom lar para morrer.
Mas tudo isto só poderá ser potencializado se o poder político for sensível, perseverante e firme na implementação de medidas que possibilitem e potenciem a almejada coesão territorial.
É no interior da mente que estão os afectos, os sentimentos, é no interior da mente que está a razão, é no interior da mente que está a lógica…é no interior da mente que estão as nossas potencialidades, para salvarmos o presente, projectando o futuro e recordando o passado!
Cláudio Heitor Rebelo
(Psicopedagogo)
(um Português que decidiu deixar o Litoral por acreditar no Interior deste país)
(Psicopedagogo)
(um Português que decidiu deixar o Litoral por acreditar no Interior deste país)
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