São sempre diversas as leituras sobre o(s) resultado(s) das Presidenciais, os que perdem têm tendência a minimizar a derrota e os que vencem caiem na tentação de puxar pelos galões e demonstrar que a opção no seu candidato é a mais válida. Porém estas eleições podem e devem ser observadas de diferentes ângulos/perspectivas de modo a fazer-se um juízo final do que foi esta reeleição do Prof. Aníbal Cavaco Silva.
Números são números e, por isso, não há direito de refutar o que é demasiado evidente. Cavaco foi eleito com 52,9% dos eleitores que foram às urnas no passado domingo (23 de Janeiro). Portanto concluir-se-á que dos cerca de 46% dos eleitores que sufragaram o novo Presidente da República, deram a Cavaco uma votação menor do que há cinco anos atrás. Assim, com os resultados apresentados, concluo, que Cavaco foi eleito por apenas 25% da população portuguesa... e reeleito com a menor percentagem de todos os Presidentes alguma vez reeleitos.
Em relação, aos outros candidatos, tudo parece óbvio, Manuel Alegre não contou com a maioria dos Socialistas, já que estes, se dividiram entre outras candidaturas, como é evidenciado no estudo realizado pelo Semanário “Sol”, onde cerca de 80% do eleitorado socialista não votou em Manuel Alegre que assim saiu derrotado.
Na minha opinião, Fernando Nobre, foi à semelhança de Aníbal, um candidato com demasiadas gafes, histeria e alguma dose de esquizofrenia, não evidenciando clareza nos seus discursos. O País pode estar doente, mas não é este o antídoto necessário, para criar esperança e auto-estima nos Portugueses.
Francisco Lopes, pareceu lúcido e capaz de estar à altura de liderar brevemente o Comité Central do Partido Comunista Português e assim ser mais um discípulo do conservadorismo do PCP.
Defensor Moura, foi o protagonista do lado madrasta da política, nem sempre os melhores vencem, nem sempre é valorizado o que realmente interessa na política. Defensor Moura foi o melhor candidato nos debates, trouxe questões às quais o Sr. Aníbal não respondeu, mostrou um projecto presidencial, abordou, como nenhum outro candidato, a questão da Regionalização e outros temas de grande interesse para o País.
No entanto, não conseguiu mais do que um mísero (1,5%).
Por último, o sucesso do fenómeno José Coelho, apelidado como o “Tiririca da Madeira”. Certo é que a sua estratégia resultou e que deve ter criado alguma azia ao Alberto João. Um caso de estudo que pode contrariar toda a ciência politica.
Em suma, e no rescaldo eleitoral, tudo parece óbvio mas, o que mais pareceu de estranho foi a postura de Cavaco Silva. Julgo que na sua apoteose de vencedor, numa noite que parecia tranquila, algo terá corrido mal, soltou o fel, apresentando um discurso cheio de rancor e pouco comovente, numa altura em que o chefe de estado de um país como nosso, deveria transmitir esperança e alento para superarmos a crise que o País e o mundo atravessa. Cavaco fez precisamente o inverso.
Cavaco Silva foi o mais inábil Primeiro Ministro que há memória e, como não bastasse, na noite de Domingo, deixou cair a máscara e a aréola de imaculado, mostrou o outro lado, o lado desajeitado, o lado preconceituoso; Cavaco mostrou ser também o pior Presidente da Republica, de sempre, com um estilo desfigurado que fez ressuscitar fantasmas passados.
Em poucos minutos, perdeu o seu estado de graça. Cavaco não entrou para este novo mandato, com o pé esquerdo, mas sim, de pés juntos em que quis vingar-se de uma coisa que é mais do que óbvia na Democracia: Ninguém pode ser inimputável na política, todos têm o dever de responder e de esclarecer os cidadãos que os elegem…
“ Cavaco entrou a pés juntos, mas partiu, as suas próprias pernas…”
Números são números e, por isso, não há direito de refutar o que é demasiado evidente. Cavaco foi eleito com 52,9% dos eleitores que foram às urnas no passado domingo (23 de Janeiro). Portanto concluir-se-á que dos cerca de 46% dos eleitores que sufragaram o novo Presidente da República, deram a Cavaco uma votação menor do que há cinco anos atrás. Assim, com os resultados apresentados, concluo, que Cavaco foi eleito por apenas 25% da população portuguesa... e reeleito com a menor percentagem de todos os Presidentes alguma vez reeleitos.
Em relação, aos outros candidatos, tudo parece óbvio, Manuel Alegre não contou com a maioria dos Socialistas, já que estes, se dividiram entre outras candidaturas, como é evidenciado no estudo realizado pelo Semanário “Sol”, onde cerca de 80% do eleitorado socialista não votou em Manuel Alegre que assim saiu derrotado.
Na minha opinião, Fernando Nobre, foi à semelhança de Aníbal, um candidato com demasiadas gafes, histeria e alguma dose de esquizofrenia, não evidenciando clareza nos seus discursos. O País pode estar doente, mas não é este o antídoto necessário, para criar esperança e auto-estima nos Portugueses.
Francisco Lopes, pareceu lúcido e capaz de estar à altura de liderar brevemente o Comité Central do Partido Comunista Português e assim ser mais um discípulo do conservadorismo do PCP.
Defensor Moura, foi o protagonista do lado madrasta da política, nem sempre os melhores vencem, nem sempre é valorizado o que realmente interessa na política. Defensor Moura foi o melhor candidato nos debates, trouxe questões às quais o Sr. Aníbal não respondeu, mostrou um projecto presidencial, abordou, como nenhum outro candidato, a questão da Regionalização e outros temas de grande interesse para o País.
No entanto, não conseguiu mais do que um mísero (1,5%).
Por último, o sucesso do fenómeno José Coelho, apelidado como o “Tiririca da Madeira”. Certo é que a sua estratégia resultou e que deve ter criado alguma azia ao Alberto João. Um caso de estudo que pode contrariar toda a ciência politica.
Em suma, e no rescaldo eleitoral, tudo parece óbvio mas, o que mais pareceu de estranho foi a postura de Cavaco Silva. Julgo que na sua apoteose de vencedor, numa noite que parecia tranquila, algo terá corrido mal, soltou o fel, apresentando um discurso cheio de rancor e pouco comovente, numa altura em que o chefe de estado de um país como nosso, deveria transmitir esperança e alento para superarmos a crise que o País e o mundo atravessa. Cavaco fez precisamente o inverso.
Cavaco Silva foi o mais inábil Primeiro Ministro que há memória e, como não bastasse, na noite de Domingo, deixou cair a máscara e a aréola de imaculado, mostrou o outro lado, o lado desajeitado, o lado preconceituoso; Cavaco mostrou ser também o pior Presidente da Republica, de sempre, com um estilo desfigurado que fez ressuscitar fantasmas passados.
Em poucos minutos, perdeu o seu estado de graça. Cavaco não entrou para este novo mandato, com o pé esquerdo, mas sim, de pés juntos em que quis vingar-se de uma coisa que é mais do que óbvia na Democracia: Ninguém pode ser inimputável na política, todos têm o dever de responder e de esclarecer os cidadãos que os elegem…
“ Cavaco entrou a pés juntos, mas partiu, as suas próprias pernas…”
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